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«Continuamos a não utilizar os dados que armazenamos»

Publicado em 13 Novembro 2020 por Ntech.news- Luísa Dâmaso | 1235 Visualizações

Segundo dados da Forrester, «até 73% de todos os dados recolhidos pelas empresas são armazenados sem chegarem a ser usados, o que significa que muitas decisões são tomadas com base em intuições e opiniões», é desta forma que é desta forma que José Oliveira, diretor-geral da BI4ALL, contextualiza o atual cenário de utilização dos dados pelas empresas. Segundo ele este valor não evoluiu muito nos últimos 13 anos, quando a informação não utilizada se situava nos 80%, ou seja, desde há 13 anos até hoje apenas 7% da informação armazenada foi de alguma forma canalizada para os processos de decisão.

«Continuamos a não utilizar os dados que armazenamos para o processo de decisão» diz José Oliveira, que justifica esta situação com a forma como a informação está armazenada não permite que ela seja utilizada para a tomada de decisão. Segundo ele a informação está «isolada, desgarrada, em sistemas antigos e periféricos que não estão conectados em relação a nada». A transformação digital preconiza a mudança neste cenário e, apesar de cada empresa a conduzir a diferentes velocidades, José Oliveira acredita que todas as empresas a vão levar a cabo.

Esta transformação digital não pode ser vista como um add-on da organização, nem como a digitalização da informação, tem a ver com a inovação mais complexa e transversal a todos os processos da organização. «Esta inovação tem de fazer parte do ADN das empresas e quem não fizer isto vai ter alguma dificuldade em sobreviver no futuro», afirma José Oliveira.

De acordo com este responsável o potencial da transformação para as organizações é enorme e já é tempo de perceberem que não há como contornar esta evolução. «Eu não conheço à data nenhuma plataforma online, nomeadamente para consumidor final, um supermercado por exemplo, com o sistema de picking a funcionar como deve ser em que me ponha os produtos em minha casa em duas horas. Imaginem o potencial que temos se inovarmos nas nossas organizações por forma a conseguir isto…».

É preciso pensar no futuro

Durante três dias a BI4ALL chamou ao palco do seu evento anual Tomorrow, vários especialistas, parceiros e clientes para mostrar ao mercado como é possível às organizações anteciparem o amanhã, agilizarem e tornarem mais eficientes os seus processos de decisão com recursos a analítica.

José Oliveira, explica que a volumetria de informação, que hoje é possível armazenar nos sistemas, e o conceito de big data fazem toda a diferença na evolução dos processos de data analytics. Um processo que a BI4ALL diz estar alicerçado numa mudança de paradigma que é incorporada em cada projeto e na construção do repositório de dados, onde o datawarehouse é preterido e é dada preferência aos modelos abertos a que chamam data lakes. «Na construção dos repositórios de dados a nossa abordagem é sempre mais orientada ao conceito de data lake porque nos permite evoluir para conceitos que hoje não prevemos.

Hoje não prevemos que dados iremos necessitar daqui a quatro anos e se criarmos um modelo mais aberto e desestruturado temos o futuro mais garantido, sem estarmos sempre a alterar», justifica o responsável. E é sobre esta base de repositório que correm os sistemas de analytics de visualização de dados e de CPM (ferramentas de planeamento e orçamentação), que são colados pela engenharia software da BI4ALL e que permitem às suas soluções de data analytics e inteligência artificial acrescentar valor aos negócios dos vários setores de atividade, sem exceção.

O conhecimento na base da transformação

Em suma, José Oliveira deixou claro que o conhecimento é indispensável na engrenagem que conduz as empresas e o mercado para o futuro. De acordo com o responsável, o mundo evoluiu muito nos últimos 16 anos de existência da BI4ALL, e a forma como a informação é armazenada e explorada em proveito das empresas e dos processos de decisão também, mas só com a sua transformação digital contínua as organizações conseguirão aproveitar todo o potencial de conhecimento que têm ao seu alcance e manterem-se competitivas no mercado atual.

Rui Afeiteira, K&I Lead da BI4All, reafirma que fazer transformação digital não é fazer digitalização e que ao contrário do que muitos pensam não é algo que incida em tecnologias, mas sim em estratégia de modelos negócio. Segundo ela as organizações devem interiorizar que a tecnologia é um facilitador e um pilar para a transformação dos modelos de negócio.

Mas, o que será que a BI4ALL está a fazer para potenciar esta transformação que acontece a uma velocidade vertiginosa? «Inovação, conhecimento, especialização e excelência» são os pilares que a tecnológica definiu como essenciais para acompanhar as organizações nesta viagem, fornecendo-lhes serviços personalizados e à medida das suas necessidades de transformação, que permitirão criar negócios disruptivos e abrir caminhos para o futuro.

Uma pandemia de desafios

A BI4ALL não passa ao lado do contexto atual e coloca-se ao lado das empresas que estejam a enfrentar momentos de contenção de investimentos e necessitem de identificar tudo o que são custos internos e também eficiências de processos. «O que nós sentimos é que os clientes procuram inovação, novos caminhos e diversificação de negócio», reconhece Rui Gorgueira, executive director da BI4AALL.

Do ponto de vista da justificação do investimento também há desafios. O responsável defende que esse assunto não pode ser um entrave à inovação, já que os administradores de TI, à data de hoje, não precisam de vender as soluções com chavões ou como coisas sexys, porque elas são autovendáveis. As organizações querem que os investimentos se traduzam em valor acrescentado para os clientes finais e que estes sintam que a empresa ou prestador de serviços tem um produto de qualidade ou um serviço de qualidade.

Rui Gorgueira considera ainda que a tecnologia é um instrumento, e que o que diferencia a BI4ALL enquanto produtor de serviços nestas áreas de data analytics é a capacidade que a consultoria tem em poder apoiar e ajudar a elaborar o caderno de encargos, em poder identificar os requisitos, fazer o best fit das necessidades face ao valor que o administrador ou outro responsável estão à espera.

Recetividade do evento online

Carla Fonseca, marketing director da BI4ALL, faz um balanço muito positivo deste primeiro evento inteiramente online, e afirma que a reetividade foi «muito boa», com uma assistência que superou os 300 participantes em direto em cada um dos três dias. Com o Tomorrow «as pessoas disfrutaram de uma experiência diferente através do acesso a uma App onde para além de assistir a uma agenda de relevo, puderam visitar stands virtuais, testar demos, reunir com os nossos especialistas através de virtual meetings e descobrir como podem posicionar a sua empresa na vanguarda do mercado», destacou a responsável.


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