414 milhões de euros para apoiar a digitalização das empresas
Colocar as empresas na vanguarda da inovação é o principal objetivo da iniciativa Indústria 4.0. Com um valor global de 414 milhões de euros, totalmente suportados por fundos comunitários, a iniciativa pretende chegar a mais de nove mil empresas.
«Portugal tem uma escolha a fazer: ou nos viramos para o futuro, e apostamos em estar na crista da onda desta nova revolução (tecnológica), ou continuamos a discutir o passado sem avançarmos», afirmou o Primeiro-Ministro, António Costa.
Sublinhando que a aposta na tecnologia é «crítica para a indústria portuguesa», António Costa constatou que «a Europa está a assumir a revolução tecnológica industrial como uma prioridade. E Portugal tem de fazer parte desta Europa».
António Costa afirmou também que, do Plano Nacional de Reformas aprovado esta semana na reunião do Conselho de Ministros, constam mais dois pilares relacionados com este objetivo, e que são a inovação e a capitalização das empresas.
Para que haja inovação «é essencial relacionar o saber produzido nas universidades e nos institutos politécnicos com a atividade desenvolvida pelas empresas», acrescentou o Primeiro-Ministro, referindo ainda que «o programa Start-up Portugal multiplica a energia empreendedora do País».
Lembrando que «a inovação se alimenta de duas componentes», António Costa referiu a qualificação dos recursos humanos e a aprendizagem ao longo da vida como metas que não podem ser ignoradas. «Qualificarmos os nossos recursos humanos é crítico, uma vez que os dados estatísticos nos mostram que o maior défice do País tem a ver com isto, sendo este aspeto aquele que distingue Portugal dos países mais avançados da Europa», sustenta o executivo.
Capitalizar empresas para estimular economia e o talento
Afirmando que o Plano Nacional de Reformas foi pensado como um todo, António Costa explicou que é preciso agora que «as políticas públicas e as necessidades do tecido empresarial se articulem».
Tratando-se de um dos maiores bloqueios da economia portuguesa, a capitalização das empresas é um problema que o Primeiro-Ministro admite ter de ser enfrentado «de uma vez por todas, de forma a aproveitarmos a oportunidade histórica de liquidez disponível na Europa, como há muito não acontecia».
O Primeiro-Ministro deu a conhecer que a Deloitte e a Cotec estão a trabalhar para definir quais as prioridades a adotar para o sucesso desta revolução industrial, que não dispensa o talento.
«O desafio do nosso futuro é termos talento e conseguirmos mobilizá-lo, a par da capacidade de investir e de criar valor, pois esta revolução é permanente, coloca-se todos os dias, o que obrigará à procura de novas respostas em permanência. Assim é no mundo das redes digitais», afirmou António Costa.
(Fotos: Clara Azevedo e Paulo Vaz Henriques)
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