SAP restringe contratações, mas nega congelamento total
A tecnológica alemã SAP tem um plano de restrição na divisão de recursos humanos, mas negou o congelamento total de novas contrações. A empresa reagiu assim à notícia que foi avançada pela revista alemã WirtschaftsWoche, que cita um documento confidencial da empresa.
Segundo a revista, a SAP implementou um plano de contenção de custos para controlar os gastos em infraestrutura, compras e viagens de negócio não relacionadas com a geração de vendas, além de um congelamento das contratações. A intenção é atingir as metas financeiras no ano fiscal. O documento confidencial emergiu de uma decisão do conselho executivo que aconteceu a 15 de julho.
A SAP disse, no entanto, que continuou a contratar novos trabalhadores para as áreas de desenvolvimento e vendas. As restrições foram impostas noutros tipos de recrutamento.
«Não há um congelamento geral das contratações», disse um porta-voz da SAP, citado pela Reuters.
De resto, este foi um tema abordado na conferência com analistas após a última apresentação de resultados, em que a SAP apresentou um crescimento das receitas mas lucros abaixo do esperado – uma quebra de 27% nos lucros operacionais. Despesas internas e opções de ações dos empregados contribuíram para esta derrapagem.
Na altura, o diretor financeiro Luka Mucic disse que a SAP iria restringir as contratações incrementais, após um aumento de três mil trabalhadores no primeiro semestre de 2017 e sete mil no último ano. Até junho, a SAP contabilizava cerca de 87 mil empregados.
«Estamos agora numa situação em que acreditamos ter, no momento, tudo o que precisamos para impulsionar e escalar este negócio e isso deve ajudar-nos na segunda metade do ano», disse Mucic, referindo-se à restrição de contratações incrementais.
A SAP está a fazer fortes investimentos em serviços na nuvem e centros de dados, na expectativa de atingir taxas de crescimento dos lucros operacionais a dois dígitos nos próximos anos.
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