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A instabilidade e o ciberterrorismo obrigam a segurança máxima como prioridade

Publicado em 25 Janeiro 2016 | 1147 Visualizações

 

Elizabeth Alves, business development manager da Exclusive Networks

 

Vivemos tempos difíceis. As ameaças à segurança há muito que ultrapassaram as barreiras físicas para chegarem ao terreno digital. E, agora, depois de completar o seu ciclo, a Internet devolve ao mundo físico o seu legado.

 

Os recentes atentados em França fizeram disparar os alarmes. O país já fez chegar à Comissão Europeia a sua decisão de aumentar o seu orçamento para reforçar a segurança nacional: infraestruturas, mais recursos humanos e investir noutros campos, como cibersegurança, entre outros.

 

Portugal apresenta um caso igual ao dos outros países europeus: o  impacto desse gasto será notado com o passar do tempo em vários sectores.

 

Se bem que o atentado em França e o “Jihadismo” tiveram um grande impacto na opinião pública nacional, do ponto de vista empresarial e da Administração Pública, esse sentimento não teve reflexo na área de orçamentos destinados à segurança.

 

No entanto, com o reflexo dos recentes acontecimentos, esta situação deverá mudar em 2016, e irão disparar os orçamentos para a segurança.

 

O sector privado, com as entidades financeiras na liderança, serão os primeiros a investir e a fazer maiores investimentos; enquanto que a Administração Pública seguirá a um ritmo um pouco mais lento.

 

A chave: Tecnologia na base do investimento

Enquanto continuam a acontecer ataques empresariais destinados a derrubar as defesas das empresas e conseguir aceder a informação, as organizações continuam os seus investimentos em tecnologias que ajudem a preservar os seus ativos mais importantes: os dados.

 

Desta forma, todas as grandes empresas vão investir em tecnologias como Next Generation Firewalls, AntiAPTs-sandboxing e Web Application Firewall.

 

As Next Generation Firewalls (Firewalls da Próxima Geração) são capazes de aplicar uma segurança global nas redes dos clientes. Cobrem muitas funções a nível de segurança: proteção antivírus, antimalware, antispyware e detecção de intrusões, entre outras; convertendo-se, assim, numa ferramenta fundamental na infraestrutura de segurança empresarial.

 

Neste sentido, verificamos que existe cada vez mais, uma maior substituição de equipamentos, desde os antigos UTM´s, com um nível de proteção quatro, às NFGWs, cuja proteção é de nível aplicacional.

 

Por outro lado, e tendo em conta o aumento e crescente sofisticação dos ataques, cuja finalidade principal é o roubo de informação valiosa, as empresas estão a adotar cada vez mais ferramentas para se defender. Por exemplo, tendo em conta o aumento das Ameaças Persistentes Avançadas (APT), que estão mais sigilosas e sofisticadas que nunca, as empresas estão a confiar cada vez mais em tecnologias AntiAPTs, plataformas capazes de analisar vírus e ameaças antes que estas se infiltrem na empresa.

 

As ferramentas AntiAPTs representam um segund layer de proteção que vem complementar os NFGWs, e são indicadas para grandes contas, tal como as Firewalls de Próxima Geração.

 

Os Web Application Firewalls (WAF) apresentam-se como uma proteção eficaz para os servidores, os quais continuam a ser um dos principais alvos de ataque dos hackers. Os servidores representam o ponto de entrada à web dos clientes, atrás da qual está uma base de dados, e por último, os hackers.

 

Por fim, será também fundamental para os clientes adoptarem medidas de proteção para os ambientes aplicacionais “cloud” para combater o risco associado ao “shadow IT”, ou seja, o fenómeno CASB (Cloud Access Security Broker).


Publicado em:

Opinião

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