«A Noesis é uma empresa portuguesa e irá manter esta matriz e nível de presença no mercado»
Eduardo Vilaça, chairman da Noesis

A Noesis vai passar a integrar o grupo espanhol Altia. O negócio foi anunciado esta quarta-feira, 18 de dezembro, com as empresas a garantirem que a junção de operações vai trazer novas oportunidades de negócio de parte a parte.
O Ntech.news falou com Eduardo Vilaça, sócio fundador e chairman de Noesis, para clarificar os termos do negócio e perceber que nível de autonomia e de decisão mantém a empresa a nível local.
O responsável revelou que as grandes decisões sobre o que vai ou não mudar estão por tomar e serão definidas nos próximos quatro anos. Eduardo Vilaça garante que até lá nada se altera, no que se refere à marca, estratégia ou posicionamento da Noesis.
Ntech.news: Na informação já disponibilizada sobre o acordo Noesis/Altia refere-se que a autonomia das duas empresas vai manter-se após a aquisição, mas o plano é caminhar progressivamente para a integração correto? Como vão fazê-lo e a que ritmo?
Eduardo Vilaça: Não prevemos qualquer mudança na equipa de gestão e na estratégia delineada pela empresa. O acordo firmado contempla a manutenção em funções da atual administração, durante um período de quatro anos e, por isso, iremos manter os diferentes centros de competência que temos espalhados pelo país.
O nosso foco, e o das equipas, irá continuar a ser a excelência e a inovação ao serviço do negócio dos nossos clientes. Iremos gradualmente avaliar a integração das ofertas e de processos chave que permitam obter sinergias e melhorias operacionais.
Não está prevista qualquer alteração, a curto-médio prazo, à marca, estratégia ou posicionamento da Noesis, quer no mercado nacional, quer nos mercados internacionais onde opera.
Mas o objetivo é caminhar para uma integração? Quando estimam que esteja completa?
O acordo celebrado prevê a manutenção em funções da atual administração, para os próximos quatro anos, sem qualquer alteração. Está também previsto que ambas as empresas se mantenham a operar de forma autónoma e independente. Neste período serão avaliadas as diferentes possibilidades de integração das ofertas e processos chave de ambas as organizações.
A prazo, a marca Noesis vai desaparecer?
Não está prevista qualquer alteração, a curto-médio prazo, à marca, estratégia ou posicionamento da Noesis, quer no mercado nacional, quer nos mercados internacionais onde opera. Nesta fase, ambas as marcas se irão manter. No futuro, dependendo da avaliação da evolução da estratégia de branding ao longo dos próximos quatro anos, serão tomadas as medidas que se considerem necessárias.
Na informação que disponibilizaram deixaram claro que as duas empresas são complementares, mas há sempre áreas que se sobrepõem, nas vendas, no marketing ou nas áreas mais administrativas. Pode ser necessário avançar para despedimentos?
Iremos gradualmente avaliar a integração das ofertas e de processos chave que permitam obter sinergias e melhorias operacionais. Ao existir uma complementaridade da oferta e operações autónomas, não antevemos qualquer alteração na estrutura das equipas. O que se prevê sim, é que exista potencial para se ir mais além com as atuais equipas e, inclusive, com uma estratégia de crescimento que originará mais criação líquida de postos de trabalho. Hoje contamos com cerca de 900 profissionais sendo uma das empresas que mais cresceu neste domínio.
Qual é a grande mensagem a passar neste momento aos clientes da Noesis? Na prática o que significa esta mudança para quem já é cliente?
A Noesis é uma empresa portuguesa, e irá manter esta matriz e nível de presença no mercado. Iremos reforçar a nossa oferta com as áreas de competência da Altia e iremos alargar a nossa presença internacional, para mercados onde a Altia está fortemente implantada, nomeadamente em Espanha, contribuindo para o crescimento da Altia com as nossas competências em áreas como quality management, low-code, big data, automação, entre outras. Continuamos focados em criar valor de forma sustentável. A Noesis é uma das mais importantes consultoras tecnológicas nacionais, com uma forte rede de parcerias, que iremos manter e reforçar com a integração na Altia.
Publicado em:
Na Primeira PessoaPartilhe nas Redes Sociais