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Apenas 8% das empresas portuguesas têm seguro contra ciberameaças

Publicado em 10 Março 2017 | 2353 Visualizações

Apesar de ser um dos riscos mais sérios que as empresas enfrentam, a cibersegurança ainda não chegou à estratégia de seguros em Portugal. É o que diz a MDS, a especialista portuguesa em corretagem de seguros e consultoria de riscos. A empresa promoveu o evento «O Ciber Risk em Portugal e no Mundo», em parceria com a S21sec, tecnológica especializada líder em cibersegurança. O evento teve como oradores Carla Zibreira, especialista em cibersegurança e diretora de Consultancy & Academy da S21Sec, e Pedro Moura Ferreira, especialista em ciber risk e diretor de Technical & Placement da MDS.
Entre os principais riscos que as empresas correm estão a perda financeira, interrupção da operação e dano à reputação.

Entre os dados discutidos no evento, destacou-se a baixa adesão das empresas a seguros relacionados com as ciberameaças. A MDS diz que apenas 8% das empresas portuguesas subscreveram um seguro ciber – uma perspetiva negativa que é diferente da revelada pela Aon, que também está neste mercado. No ano passado, a corretora de seguros notou um aumento de 50% na subscrição deste tipo de produtos, o que reflete uma maior preocupação com estes riscos.

«O ciber risco é hoje uma das maiores ameaças às empresas, colocando em causa a continuidade e sustentabilidade dos seus negócios», afirmou Paula Rios, administradora da MDS. No entanto, segundo ela, apesar de reconhecerem esta realidade, «as empresas ainda não estão devidamente protegidas para enfrentar o risco cibernético, seja em termos tecnológicos e de cultura de mitigação de riscos, seja na proteção financeira através de seguros». Estes produtos são usados para mitigar os impactos financeiros dos ciberataques.

Uma em cada quatro empresas nacionais já foi alvo de um ciberataque e o impacto económico supera os 20% em perda de receitas, clientes e
oportunidades de negócio, segundo os dados referenciados pela MDS. Entre os principais riscos que as empresas correm estão a perda financeira, interrupção da operação e dano à reputação. Os cibercrimes podem ser causados por ataques internos (de forma maliciosa ou negligente) ou ataques externos.

O evento teve como oradores Carla Zibreira, especialista em cibersegurança e diretora de Consultancy & Academy da S21Sec, e Pedro Moura Ferreira, especialista em ciber risk e diretor de Technical & Placement da MDS.

A MDS aproveitou para promover uma parceria com a S21sec, que vai permitir a disponibilização e comercialização de serviços e seguros de cibersegurança para o mercado empresarial. A iniciativa vai combinar uma política ativa de prevenção baseada nas soluções de segurança da S21sec com a minimização dos possíveis impactos através dos seguros específicos disponibilizados pela MDS. As duas empresas pretendem ainda realizar iniciativas na sensibilização e partilha de conhecimento sobre riscos, como um workshop recente com a Associação Portuguesa de Seguradores.

Os serviços disponibilizados incluem a avaliação da maturidade de uma organização para a segurança da informação, auditorias técnicas, ações de sensibilização e formação, monitorização contínua de segurança, equipas de resposta a incidentes críticos de segurança e análise forense, permitindo às empresas uma abordagem assertiva e concreta na gestão de riscos cibernéticos.


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