Partilhe nas Redes Sociais

As organizações e os desafios da analitica

Publicado em 1 Dezembro 2015 | 1130 Visualizações

Já sabemos que os dados estão a crescer a um ritmo avassalador e não é novidade que muitos deles não têm qualquer utilidade. A grande questão está em saber «separar o trigo do joio». Estarão as empresas preparadas para identificar a informação que lhes permitirá criar valor para os negócios?

 

A Primavera BSS e a IDC Portugal juntaram-se no Centro Cultural de Belém, para ajudar as médias e grandes organizações a compreender melhor esta nova realidade tecnológica a que se chama terceira plataforma e a economia digital que nela se sustenta. Com a cloud, o social, a mobilidade, o big data e a analítica como pano de fundo, Gabriel Coimbra, country manager da IDC Portugal, explicou que se desenvolveram aceleradores de inovação como a robótica, a IoT, a realidade virtual ou a impressão 3D que empurraram as organizações para uma transformação digital, que favorece a interceção entre o mundo digital e o físico, alterando a forma como as organizações se relacionam com os seus clientes, melhorando a interacção. Da mesma forma a engenharia melhorou os produtos que se vendem actualmente. Há uma evolução muito rápida que passou da automatização para o relacionamento e para os novos produtos.

 

Gabriel Coimbra alerta para o facto de a experiencia de utilização ser diferente e de hoje ser possível obter informação personalizada que permite acrescentar valor distintivo às ofertas de produtos e serviços. Mas mais uma vez a questão que nos surge é como? A resposta parece estar na analítica e nas soluções que a materializam no tal apregoado valor.

 

Nas previsões da IDC, o mercado de Business Analytics deverá manter-se este ano na média de crescimento anual de 4,9%, atingindo os 70 milhões de euros.

Para potenciarem esta oportunidade analítica, as empresas terão, no entanto, de ter visão estratégica para o digital e para a combinação dos dois mundos, repensar os processos internos em prol da agilidade, ter talento e trabalhar em rede e sobretudo, transformar a informação numa vantagem competitiva.

 

A criação do valor é um desafio que esbarra nas competências internas. A inexistência de recursos, os orçamentos  a governação dos dados são problemas a solucionar. Departamentos de TI e gestão devem por isso sintonizarem-se nos objectivos a alcançar e embeber a informação nos processos de negócio, disponibilizando-a aos stakeholders que dela necessitam, em qualquer lugar e em qualquer dispositivo.

Num inquérito realizado a 39 executivos, das 2500 maiores organizações, a IDC apurou que o investimento em ferramentas de business analytics é um caminho a seguir. Cerca de 60% dos executivos preveem aumenta-lo, e 20% planeia crescer este tipo de investimento em mais de 10%.

 

É nesta senda de crescimento, que Ângela Brandão, vice-presidente da Primavera, se posiciona para apoiar as médias e grande organizações a transformarem os grandes volumes de dados em informação valiosa para o negócio. A proposta da solução Business Analytics Primavera passa então por tecnologia «standard, escalável, flexível, integrada com tecnologias já existentes, de rápida de implementação, com TCO ajustado à dimensão de cada organização», garantiu a responsável.

 

Que a analítica pode ter uma palavra a dizer na competitividade futura das empresas é uma verdade assumida por muitos gestores que tal como José Ribas, diretor de Projetos IT e Desenvolvimento da Parfois, Fernando Bação, vice-presidente da NOVA Information Management School, Lurdes Coutinho, diretora de Serviços da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Nuno Queirós, diretor de Soluções da Primavera BSS e Paulo Caetano, representante do IT Governance & Business Intelligence da NOS, reconhecem que há poder na informação. «Sem um tratamento de informação era impossível sustentar um negocio com estas características», confirma o diretor de Projetos IT e Desenvolvimento da Parfois. Com esta tecnologia, o vice-presidente da NOVA Information Management School não tem dúvidas de que haverá «mais rastreabilidade das decisões, passando o colectivo a ser responsável e a poder ajudar a gestão».

No entanto, a diretora de Serviços da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, defende que o sucesso da informação depende desta ser fidedigna. «É preciso muita formação ao nível dos utilizadores e implementar uma nova cultura do valor atribuído a informação.  Temos de saber o que queremos e para onde queremos ir», alerta a responsável.

Outras questões a ter em conta no futuro são a forma como como a analítica e a segurança de informação se cruzarão. O representante do IT Governance & Business Intelligence da NOS defende que é preciso estabelecer limites para utilizar a informação, ou seja não se pode alavancar negócios com informação sem que se defina a questão do goverinance dessa informação. «Há que estabelecer um equilíbrio entre a disponibilidade, a segurança e a gestão da informação», recomenda o responsável.

A juntar a estes desafios, o vice-presidente da NOVA Information Management School fala na falta de recursos, nomeadamente os apregoados i. «Há falta de especialistas para trabalhar estas áreas e há uma grande pressão sobre estes recursos o que os encarece de uma forma que não podem ser úteis às entidades portuguesas», sustenta o responsável.

 

 

A tecnologia Primavera em acção

 

O Grupo FHC Farmacêutica já utiliza a componente analítica da Primavera, integrando todos os dados e processos de informação da farmacêutica num sistema único de gestão, igualmente de base Primavera. Com seis diferentes áreas de actuação, entre a industria,  e a distribuição, a consultoria, os serviços e passando pela tecnologia, José Miguel Simões, responsável de TI do Grupo, admite que o grande desafio que se colocou era conseguir uma analise global num grupo com negócios tão distintos. A solução Business Analytics Primavera foi por isso uma opção e está implementada internamente há cerca de 6 meses. Em declarações ao Ntech.news, o responsável admitiu que o projecto está a correr bem e que os primeiros resultados serão conhecidos já no final de 2015.


Publicado em:

Atualidade

Partilhe nas Redes Sociais

Artigos Relacionados