Ataques informáticos contra empresas em países da NATO dispararam

As redes corporativas em países da NATO têm ao longo das últimas semanas sido alvo de um número anormal de tentativas de ataques informáticos, provenientes da China, de acordo com a Check Point Research.
As conclusões têm por base uma comparação do número de ataques detetados antes e depois da invasão da Rússia à Ucrânia. Permitiram concluir que os ciberataques com origem em IPs chineses aumentaram 116% contra redes corporativas em países da NATO e 72% contra entidades no resto do mundo. Face às três primeiras semanas de conflito, o crescimento foi de 85%.
A Check Point sublinha que os dados apurados não significam que os ataques são promovidos por entidades chinesas, revelam apenas a origem dos IPs, mostrando que a preferência por IPs com esta origem aumentou depois do início do conflito.
Esta preferência por IPs chineses pode ter diferentes explicações, como por exemplo o facto de ser mais fácil ou mais barato implementar e operar o serviço que serve de base ao ataque na China, ou esta ser a origem que mais facilita a tarefa de esconder a origem real do ataque. Pode também ser um indicador da forma como o tráfego de internet global está a ser roteado neste momento, mas não deixa de ser uma situação de alerta para as empresas.
«Estamos a ver aumentos significativos de ciberataques originados de endereços IPs chineses. É importante reforçar que não se pode atribuir esta tendência às entidades chinesas, pois é muito difícil de determinar a atribuição em cibersegurança sem mais evidências», diz Omer Dembinsky, Data Group Manager at Check Point Software.
«O que nos é claro é que os hackers estão a usar IPs chineses para lançar ciberataques globais, especialmente focados em países NATO. Os IPs são muitas vezes usados pelos hackers que se encontram na China como no estrangeiro. Esta tendência pode ter muitos significados». reforça o responsável.
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