BI: Do On-Prime à Cloud – A revolução
Rui Salsas, business analytics senior consultant na Mind Source
Por definição um Sistema de Informação vive de uma grande coleção de dados e, através de processos ETL/ELT, transforma-os em Informação. As grandes empresas com visão de mercado e que apostam no Futuro, tendem a melhorar e enriquecer os seus sistemas informacionais. Os líderes de negócios aguardam por determinantes análises, mais sofisticadas, e consequentemente por bons KPIs e Dashboards dinâmicos que os possam conduzir à melhor tomada de decisão. Eles sabem que os dados são um ativo valioso e que precisam ser usados com eficácia para garantir processos empresariais eficientes e otimizados. A ciência de dados tornou-se viral. A computação associada ao ciclo de vida de software, tal como conhecíamos, está a mudar. Hoje vivemos uma enorme transformação, estamos perante a Era de Cloud Computing.
Os sistemas físicos com máquinas locais dão lugar a sistemas 100% virtuais ou híbridos. Este novo conceito, aplicado ao Business Intelligence, baseia-se na utilização de memória e das capacidades de armazenamento e de cálculo de máquinas virtuais interligadas através da Web. Com esta união, aumentou-se a gama de possibilidades estratégicas das empresas de utilizar, aplicações através dos variadíssimos serviços disponíveis nos portais Cloud, e com grande facilidade de integrar plataformas e ambientes, como se de máquinas locais se tratasse.
Existirá capacidade de computação para um crescimento astronómico desta natureza partilhado na rede global?
É discutível. Se tivermos em consideração alguns fatores, tais como a dimensão da empresa (quer económica, quer financeira), a portabilidade, a redundância de regiões, o tempo de processamento, a ponderação do investimento e retorno esperado ou de processos de refactoring de aplicações/plataformas para novos modelos de deploy, sejam SaaS, IaaS, PaaS ou Haas, então sim.
Os DataCenter acompanham esta adaptação e tornam-se também eles espaços virtuais capazes de alugar os recursos computacionais. Diria até, tornam-se verdadeiros armazéns tecnológicos para repositório de máquinas virtualizadas, onde se executam milhares de processos de software e se transformam e transportam milhões e milhões de dados do marketing ao financeiro, do contencioso ao comercial, do administrativo ao operacional, mantendo todas as funcionalidades da aplicação.
Quais são os benefícios desta nova realidade?
Desde logo, a realidade atual é o presente. Prevemos em detrimento de observarmos, somos proactivos. Vivemos de performance, de informação completa, acessível, ágil e atualizada. E aqui, o volume de dados é cada vez maior e o seu papel nos negócios está a aumentar. Fontes e modelos de dados começam a ser ou já foram movidos para a Cloud. O novo mundo de BI carece de processos mais complexos e exigentes onde é pertinente equacionar velocidade e agilidade da infraestrutura, a escalabilidade seja para aumentar ou para diminuir a infraestrutura de acordo com as necessidades do negócio, mais e aprimorados critérios de segurança (não só por regras ou mascaramento, mas também por meio de criptografia aplicada aos dados), a vida útil dos equipamentos, os custos de manutenção/licenciamento ou até racionalizar os equipamentos disponíveis à sua utilização, algo que equilibra cargas de trabalho entre diferentes nós de computação. Nascem nos departamentos de Gestão de Informação, processos corporativos de auto-BI, nos quais se estuda a grandiosa enciclopédia de informação que se vai recolhendo ao longo da sua monitorização.
Com estes insights, o resultado caminha num só sentido, desfrutar de uma estratégia na Cloud para garantir riscos e flexibilidade reduzidos, transformando o departamento de BI num centro de competências muito lucrativo. As empresas pretendem utilizar os dados que têm para alimentar aplicações e serviços e dessa forma impulsionar receitas. Uma das metas de BI na Cloud passa por ter à disposição os últimos avanços tecnológicos, além de otimizar o crescimento empresarial. Por outras palavras, nasce uma plataforma de análise de computação rápida e altamente disponível, com menos riscos de vulnerabilidades ou falhas devido a atualizações frequentes. As novas arquiteturas de BI passam a comtemplar um desenho lógico e funcional em função de balanceadores Web/BD/Aplicacionais, cujo objetivo é manter redundância de equipamentos que se ligam na Rede, assegurando assim a menor interrupção possível aos utilizadores de negócio, e dessa maneira demonstrar bons planos de continuidade de negócio.
Nesta nova realidade, deixamos cair uma infraestrutura física e tudo o que está inerente, passando a pagar aquilo que foi contratado no universo Cloud, chamado pay-per-use.
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