Brad Smith: travar a tecnologia não é solução para as desigualdades

Resolver os problemas que o avanço rápido da tecnologia pode desencadear não passa por tentar abrandá-la, mas por identificar os mecanismos para gerir bem e de forma segura, para todos os intervenientes, o seu desenvolvimento. A ideia foi o principal destaque da apresentação de Brad Smith, presidente da Microsoft, esta tarde na Web Summit, sob o tema “A Idade da Inteligência Artificial: Promessas e Desafios”.
Para o gestor, o caminho, do lado das empresas, passa por chamarem a si um desenvolvimento responsável da tecnologia e das funcionalidades que com ela criam. Reguladores e governos têm de adaptar leis e políticas para garantir o suporte adequado destes desenvolvimentos, acrescentou o presidente da gigante do software.
Mas neste caminho, um dos tópicos importantes para Brad Smith é garantir que ninguém fica para trás, sublinhou. A digitalização e a proliferação de tecnologias como a IA são vistas como ameaças ao emprego, o responsável acredita que pode não ser assim, mas admite que ao longo das próximas três décadas, a «IA terá um impacto tão forte na economia como outras evoluções» já tiveram, como o carro, o comboio ou o avião.
O importante, defende, é «preparar a sociedade para esta mudança», que não vai acontecer de repente e começar a encontrar respostas. «A banda larga é a eletricidade do século XXI», sublinhou Brad Smith e continua a não chegar a uma grande fatia da população, mesmo nos países desenvolvidos. Muitas comunidades começam a ter dificuldade em encontrar empregos nas mesmas zonas onde essas falhas persistem, alertou.
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