CERT.PT: incidentes de cibersegurança recuam 38% no trimestre
A Equipa de Resposta a Incidentes de Segurança Informática Nacional (CERT.PT) contabilizou 38% menos incidentes de cibersegurança nos primeiros três meses deste ano, face ao ano anterior, embora na comparação com os últimos três meses de 2022 as 470 incidências registadas representem um crescimento de 28%.
Os dados da 4.ª edição do Relatório Cibersegurança em Portugal – Riscos e Conflitos, do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), foram divulgados pela Lusa e também mostram que, em todo o ano de de 2022, o número de incidentes de cibersegurança aumentou 14%, para 2.023.
Este avanço foi o mais baixo dos últimos anos, já que o número de incidências tem crescido 20% ou acima disso, ou 88%, se o ano de referência for 2020, ano do início da pandemia. Ainda assim, o CERT.Pt defende que não deve ser desvalorizado porque este é um indicador que tem vindo «a aumentar de ano para ano de forma cumulativa, representando um efetivo incremento deste tipo de problema».
Por setores, a banca foi o mais visado por este tipo de eventos, com destaque para os clientes. Cerca de um quinto (19%) dos incidentes registados pelo centro aconteceram neste sector, mais 32% que no período homólogo. As infraestruturas digitais (7%), a educação, ciência, tecnologia e ensino superior (7%), seguiram-se. Phishing e smishing (emails e SMS fraudulentos) foram os tipos de ataques mais detetados, 37%. A maior parte dos ataques visaram empresas (cerca de dois terços), os restantes organismos públicos.
O mesmo relatório compila números das queixas de violação de dados pessoais apresentados à Comissão Nacional de Proteção de Dados no ano passado. Foram registadas 376 violações de dados pessoais, mais 15% que um ano antes, com a grande maioria (80%) a serem reportadas por empresas. O evento mais frequente foram ataques de ransomware: mais 57% que em 2021, que representaram 30% do total.
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