CHPL acrescenta valor aos dados e produz conhecimento
O Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL) integra as estruturas dos Hospitais Miguel Bombarda e Júlio de Matos e tem no seu histórico muitas décadas de existência e grandes volume de dados resultantes da prestação de cuidados a um infindável número de cidadãos,, e de programas específicos realizados no âmbito da sua actividade. Neste contexto, a grande questão que se colocava era a de como transformar toda a informação produzida no CHPL em conhecimento útil e valioso para a actividade do hospital e para melhorar os cuidados especializados de psiquiatria e de saúde mental que presta à comunidade que serve.
Com cerca de 870 mil utentes, uma lotação de 400 camas e outro tipo de internamentos para gerir, Luís Salavisa, diretor de TI do CHPL, reconhece que muita informação armazenada é muita e possibilitar à administração a capacidade de visualizar, de forma eficiente e rápida, todos estes dados era algo essencial na organização.
«A saúde é extremamente rica em informação, no entanto essa informação não estava de todo estruturada», sublinha Luis Salavisa.
Com o objectivo de poder visualizar e explorar os dados, de forma simples e segmentada, agregar com qualidade os dados em informação mais fiável, com a possibilidade de poder fazer o cruzamento de informação e de fazer previsões, o CHPL procurou no mercado uma solução tecnológica que lhe permitisse fazer tudo isso e muito mais no futuro.
O SAS Visual Analytics foi a solução escolhida para corresponder aos desafios do CHPL. Luís Salavisa explica que a ferramenta SAS permite «uma agregação dos dados, o que é extremamente importante para a organização, quer a nível interno quer externo».”
O CHPL tem de reportar determinados dados da sua atividade ao Ministério da Saúde sendo que o SAS Visual Analytics facilita em muito essa tarefa devido à sua capacidade de trabalhar qualquer dado, ao cruzamento de dados que efetua, análise e criação de respetivos relatórios. Por outro lado, a nível interno, há que fazer um report não só referente à parte clínica mas também à parte de produção, e aqui está em causa o número de doentes, o número e caracterização de internamentos, o número de consultas, o tempo médio de cada uma, os custos, a desmarcação de consultas, entre muitos outros aspetos. E esta informação está agora toda disponível para o Conselho de Administração do CHPL.
«Neste momento conseguimos ter uma previsão do que vamos fazer em consultas até 2020. Sendo que, até ao final deste ano, pretendemos ter todo um conjunto de indicadores definidos», sublinha o responsável.
Luis Salavisa explica que atualmente a solução SAS permite a visualização e exploração de determinados dados, no entanto há ainda muito por explorar. Os reports internos abrangem tanto a parte de produção como a parte clínica e esta última diz respeito não só aos médicos como também aos enfermeiros. O objetivo é, de forma benéfica e produtiva para ambas as partes, cada um vir a poder aceder à informação que lhe seja mais adequada. «A ideia no fundo é conseguir-se uma ferramenta – de interface simples, acessível e intuitivo – centrada no doente, que agregue todo o seu historial e que seja possível a cada um dos profissionais de saúde o acesso à sua área específica, salvaguardando sempre a política de privacidade de dados do paciente, uma vez que os dados proveem de bases de dados diferentes. Tudo isto de forma a facilitar a atividade das equipas que trabalham no CHPL e em prol da saúde e bem-estar de cada paciente», sustenta o diretor de TI do CHPL.
Quanto aos benefícios, Luis Salavisa ponta, antes de mais, a qualidade de dados. «Quando esta ferramenta chegou num universo de 100% retirámos 33% de dados úteis e hoje estamos a 50%. Realço ainda a agregação de dados, o cruzamento que é possível fazer da informação, a sua fiabilidade e poder-se aceder a tudo isto de forma rápida e eficiente», conclui o responsável.
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