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Ciberataques crescem em 2017

Publicado em 21 Fevereiro 2017 | 2197 Visualizações

Os episódios de ciberespionagem, integridade dos dados e riscos associados à Internet das Coisas estão entre as maiores ameaças de segurança previstas para este ano, de acordo com o novo estudo  «2017 Cibersecurity Predictions», divulgado pela Stroz Friedberg, uma empresa, focada na gestão de risco em cibersegurança, comprada recentemente pela Aon.

O estudo prevê um aumento das incidências de ciberataques em 2017, com forte impacto ao nível da regulação e da forma como as empresas encaram e gerem estes riscos. No caso da IoT, os dispositivos serão cada vez mais usados como pontos de lançamento para a propagação de malware, SPAM, ataques DDoS (Distributed Denial of Service) e manutenção do anonimato das atividades maliciosas.

«“O risco cibernético é uma realidade a que as grandes empresas e entidades governamentais já estão atentas», analisa Andreia Teixeira, especialista na área da cibersegurança da Aon em Portugal. De acordo com esta responsável, o aumento da pressão dos reguladores deverá «impulsionar a necessidade de desenvolver e instituir medidas internas como a criação de equipas de resposta a incidentes de segurança informática».

No ano passado, a Aon registou um aumento da contratação de apólices de cibersegurança em Portugal – passaram para o dobro, com incidência maior entre empresas dos sectores da indústria, energia, retalho e saúde. Isso significa que as empresas nacionais estão alinhadas com as tendências internacionais. «A indústria de serviços financeiros e outros sectores regulados serão os primeiros a adotar procedimentos de due dilligence sobre cibersegurança, como lição aprendida das transações de alto perfil que não tiveram bons resultados em 2016», sublinha Andreia Teixeira.

O estudo da Aon deixa o alerta às empresas para a otimização da cibersegurança e a avaliação dos riscos. O papel dos governos e da legislação será importante, mas a Aon refere que as empresas devem consciencializar-se para a ameaça e adotar medidas de autorregulação. Por exemplo, através da criação de normas de segurança mais rigorosas e recurso a serviços de gestão de risco e de cibersegurança.

No caso da ciberespionagem e da guerra de informação, os impactos das ações em 2016 estão a ser sentidos em força nas estratégias globais e políticas. A Aon destaca o que aconteceu nos Estados Unidos durante a campanha para as eleições, quando hackers alegadamente associados ao governo russo invadiram os servidores do Partido Democrata, da candidata Hillary Clinton, e expuseram emails confidenciais, levando à demissão da Presidente do Partido Democrata, Debbie Schultz. A interferência de espiões russos no processo eleitoral continua a reverberar já durante a administração de Donald Trump, e é provável que não fique por aqui.


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