Ciberataques são a ameaça que mais preocupa empresas portuguesas

Dentro ou fora de portas, os ciberataques são encarados pelas empresas portuguesas como o risco mais sério de 2019, revela um estudo da Marsh. Quando antecipam risco a nível mundial, 66% dos inquiridos na pesquisa em Portugal colocam os ciberataques no topo da tabela, dando-lhes primazia em relação a outros problemas globais, como as crises fiscais e financeiras em economias chave, os eventos climáticos extremos ou a instabilidade social em alguns países.
Quando questionadas sobre os riscos para a sua própria operação, o tema continua a ser o mais referido, mas neste caso por 58% dos inquiridos, que também colocam no top 5 das suas preocupações/riscos, a retenção de talento, o quarto risco mais elencado.
«Este estudo demonstra aquilo que fomos constatando no terreno junto das empresas: uma forte perceção das vulnerabilidades face a uma dependência quase total das tecnologias, sendo os ataques cibernéticos a maior preocupação», refere Fernando Chaves, especialista de risco da Marsh Portugal.
O estudo também revela que as empresas estão cada vez mais conscientes da importância da gestão de risco. Quarenta e três por cento dos responsáveis que responderam este ano à pesquisa considera este aspeto de elevada importância. No ano passado deram a mesma resposta 40% e no ano antes 35%.
É, no entanto, curioso notar que a preocupação com o tema não é acompanhada por mais investimento: 31% dos inquiridos afirmam ter aumentado este ano o valor orçamentado para a gestão de riscos. No ano passado, a mesma resposta foi dada por 41%. A maioria indica que o orçamento para gestão de risco estabilizou.
O estudo “A Visão das Empresas Portuguesas sobre os Riscos 2019” realizou-se pelo quinto ano consecutivo e inquiriu 170 empresas de 22 sectores, de várias dimensões e níveis de faturação. A Marsh é especializada em consultoria de risco e corretagem de seguros.
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