Cilnet: A essência inovadora mantém-se, mas o nome mudou
A partir de agora a tecnológica nacional segue a inovar como Logicalis Portugal, somando mais de 20 anos de saber fazer a uma plataforma mundial que lhe permite ser um player mais evolutivo e forward-thinking, duas características que João Martins considera essenciais para «acompanhar a transformação contínua e proporcionar ainda mais valor aos stakeholders». Completamente integrados no Universo Logicalis e com o parque instalado tranquilo, João Martins garante que este é o momento para dar o salto para uma nova fase da vida da empresa e fazer o rebranding. «Chegou o momento de simplificar o discurso!»
20 anos de sucessos com prognóstico de crescimento
Criada em 2000 e gerida com determinação por João Martins e Eduardo Matos, o caminho da Cilnet cruzou-se de forma efetiva na reta final de 2019 com a da Logicalis que, seduzido pela competência da tecnológica nacional na área de Cisco e não só, avançou para a compra da maioria do seu capital (70%), mantendo na condução da companhia o núcleo duro de gestão.
A operação revelou-se um sucesso e, durante o último ano, os gestores concentraram-se na transformação da companhia e na continuidade do crescimento, mesmo com a pandemia a servir de contrapeso ao avanço da execução de investimentos e da inovação no mercado.
«Conseguimos superar com estilo. Foi o melhor ano de sempre!» As afirmações são de João Martins e segundo ele, devem-se ao fato da empresa ter conseguido cumprir os objetivos que estavam estabelecidos antes da pandemia, ainda que de uma forma totalmente diferente.
João Martins confirma que o mercado sofreu uma completa transformação no último ano, talvez maior do que nos últimos quatro anos, proporcionando uma rentabilidade «incrível». «Foi um ano com uma performance fora do comum, porque conseguimos com uma equipa unida e motivada ter a capacidade de agarrar as oportunidades», sustenta o gestor.
A capacidade de resposta e entrega, bem como a dimensão alcançada por via da inclusão no grupo Logicalis foram argumentos fortes para levar os resultados a bom porto. «Pertencer a um grupo é uma grande vantagem», explica João Martins, sublinhando que neste contexto a empresa não tem de ter a competências imediatamente em Portugal, já que consegue ir buscá-las a outros países onde já existam, (a Logicalis está presente em 26 países), adquiri-las e depois exportá-las para outros países da Europa, numa outra fase do negócio, nomeadamente através de centros de competências criados em Portugal como o de Managed Services.
Exportar serviços de topo
«O maior desafio que temos hoje é conseguirmos exportar serviços de Portugal para a Europa, porque essa será uma fonte de rendimento muito importante e fará com que consigamos criar emprego, e nos próximos anos construir em Portugal uma empresa de outra dimensão», destaca João Martins. O responsável considera que para isso é preciso pessoas de qualidade e enaltece a qualidade da sua equipa e dos recursos nacionais em matéria de competências tecnológicas «Temos excelentes recursos em Portugal, muito qualificados», sendo esse um fator-chave para as empresas portuguesas, como a Logicalis Portugal, se evidenciarem além-fronteiras e tomarem as rédeas de projetos inovadores.
Auspicioso na qualificação da sua empresa em matéria de competências internas, João Martins acredita que estas terão sido decisivas para a Cilnet ter sido, provavelmente, a companhia da Logicalis com uma das melhores performances percentuais em termos de lucros operacionais, no último ano. Os resultados serão anunciados globalmente pelo grupo Logicalis, por imperativos de mercado.
Expertise Cisco, Dell, Microsoft e Citrix
Com os olhos portos no crescimento, a Logicalis aposta no reforço das áreas de cloud, de Cisco, mas também na parceria com a Microsoft, que João Martins diz ser «muito importante» para a operação em Portugal, já que traz complementaridades importantes à estratégia de cloud da Logicalis Portugal, que se sobrepões largamente às eventuais sobreposições técnicas.
A Logicalis Portugal procurará tirar partido da posição da Logicalis no Top 1% de Parceiros Microsoft Azure a nível mundial enquanto Azure Expert Managed Services Provider, e desta forma, ajudar os clientes portugueses a maximizar e a acelerar os benefícios da plataforma Azure.
«Com a Microsoft, a Cisco, a Dell e a Citrix vamos ter uma história única para contar aos clientes», garante o gestor. Com este posicionamento, o responsável defende que a Logicalis Portugal passa a ser um solutions Provider capaz de gerir complexidade e será na administração desta complexidade que estará o valor para os parceiros, no futuro. O segredo está em perceber o negócio do cliente, conhecer as soluções que há no mercado e apresentar uma solução única que reúna o melhor de cada uma. «Não vamos precisar de quatro ou cinco anos para crescer com Microsoft porque com a equipa que temos e com o investimento que estamos a fazer as coisas vão acontecer de forma mais rápida», sublinha João Martins.
A Logicalis Portugal reúne assim um portefólio rico em matéria de soluções, o expertise ímpar de outras geografias e o saber fazer focado da equipa nacional que, uma vez combinados colocam a empresa na pole position do fornecimento de serviços a nível europeu para gerir a mudança dos clientes.
2021 será ano de transformação e crescimento
Com o plano de investimento já apresentado e aprovado e os setores do enterprise e público na mira, João Martins prepara-se para transformar profundamente o negócio, com um o investimento maciço em cloud e segurança a ser executado nos primeiros seis meses do ano fiscal, (março a agosto) e depois então focar na recuperação económica. «Vamos arriscar a nossa rentabilidade e preparar o futuro», destaca João Martins, avançando que as despesas operacionais deverão aumentar em mais de um milhão.
No ano 2020, o gestor diz que o exercício somou uma faturação acima do ano anterior (2019) e em 2021 os objetivos estão apontados para um crescimento superior ao de 2020 em 5 milhões. Em 2018, a Cilnet reportou um volume de negócios de 18,6 milhões de euros e apontou para 2019 uma meta de crescimento na ordem dos 25%.
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