Como os Centros de Dados saíram do armário

Ainda há pouco tempo atrás, os Centros de Dados eram vistos como forças misteriosas,, no entanto, saíram de trás das cortinas para reivindicar o seu merecido lugar.
Há apenas uma década atrás, muitos decisores empresariais encaravam os Centros de Dados quase como um mal necessário, uma despesa para “manter as luzes acesas, um conjunto de equipamentos que alojavam bases de dados e mantinham o serviço de email operacional, funcionado como repositórios.
Por outro lado, a Internet trouxe uma evolução notória à forma como os Centros de Dados são vistos. Estabeleceu-se a necessidade e a procura por uma comunicação constante, 24/7. A partir daí, a evolução tem sido exponencial, com o advento e deflagrar do Big Data, com a necessidade de recolher informação, de múltiplos pontos de contacto, tanto de clientes, como de parceiros e concorrência.
Por isso mesmo, as organizações necessitam de uma capacidade de processamento maior do que nunca, assim como a capacidade de executar ações corretivas.
Além disso, a próxima grande evolução está a ser promovida pela Internet das Coisas (IoT), o que implica a utilização cada vez maior de dispositivos, sensores, informação, veículos de condução autónoma, machine to machine, entre outros . À medida que tudo começa a ficar interligado e automatizado, as empresas necessitam cada vez mais de recursos, controlo e visibilidade dos dados dos Centros de Dados para serem bem sucedidas.
Os Centros de Dados tornaram-se, assumidamente, centrais para as organizações, criando uma verdadeira vantagem competitiva, através da velocidade de resposta ao mercado, eficiência e escalabilidade.
Vamos tomar como exemplo uma empresa do ramo da saúde que adquire um hospital. Teoricamente, esta aquisição vai dotar a empresa de competências adicionais e propostas de valor que a podem distinguir do resto do setor. A aquisição visa a obtenção de lucro e implica aumento de recursos, novos médicos, enfermeiros e camas, o que se traduz em mais pacientes e maior volume de faturação.
A fusão de diferentes e diversos sistemas críticos tais como o ERP e CRM, assim como a integração da aquisição de forma rápida, de forma a ter o frontoffice em operação, apenas pode ser bem sucedido através da adequada capacidade do Centro de Dados, da sua capacidade de escalar, assim como dos recursos e estratégia do IT.
Existem empresas, naturalmente, que não possuem Centros de Dados. Nesses casos, bem como para start ups e empresas de menor dimensão, faz mais sentido aproveitar as vantagens da Cloud e alojamento partilhado, no entanto,para o universo de empresas que efetivamente possuem Centros de Dados, estes não são opcionais nem secundários. Pelo contrário, arrisco a afirmar que , sem Centros de Dados, estes negócios não existiriam.
*João Rodrigues | Vice-Presidente, IT Business | Schneider Electric
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