Compta entra em insolvência

Está no mercado desde 1972 o que lhe dá o estatuto de uma das mais antigas empresas de tecnologia, ou dava. A Compta entrou em processo de insolvência e está agora sob gestão de um administrador judicial.
A notícia avançada pelo jornal Eco relata que a insolvência foi declarada na quarta-feira, dia 7 de dezembro, pelo Juízo de Comércio de Sintra, uma informação que passou a poder ser também confirmada no portal Citius.
Segundo a mesma fonte, e já sob gestão do administrador judicial, a Compta vai agora passar por um processo de apuramento da dívida aos fornecedores. Na lista de credores estarão companhias como a SAP Portugal ou o Novobanco.
A Compta era desde finais de 2020 controlada pelo grupo de engenharia Future, que comprou a participação com a intenção de acelerar o processo de internacionalização da empresa, um plano que não terá conseguido concretizar.
Até ao negócio com a Future, a Compta era detida em 93,81% pela Broadloop (empresa controlada por Armindo Monteiro e por Francisco Maria Balsemão). Em declarações ao Eco, Armindo Monteiro mostrou-se surpreendido com os acontecimentos e lembrou que a Compta «sempre apresentou argumentos bastante sólidos» e «provou ser resiliente ao longo dos últimos anos». O empresário tinha deixado as funções não executivas, que passou a ocupar na companhia depois da venda, no final de 2021.
O Eco refere que o pedido de insolvência foi apresentado um mês depois de uma assembleia geral extraordinária, onde os acionistas discutiram a dissolução da sociedade, a redução do capital social ou eventuais injeções de capital dos acionistas.
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