Decisores devem estar atentos ao papel da analítica no negócio
É uma máxima antiga no mundo dos negócios, que a gestão seja feita com inteligência. Mas a nível tecnológico o que significa isso? Manuel del Pino, manager de pré-venda da Information Builders para Portugal, Espanha e México, explica que há peças básicas para sustentar o actual conceito de inteligência do negócio. O business analytics e o business intelligence convergem para proporcionar ambientes de analítica e predição que permitem às empresas organizar-se para corresponder aos actuais desafios do mercado, mantendo-se competitivas.
Ntech.news – Os gestores já estão despertos para a importância da informação no processo de decisão?
Manuel del Pino – Infelizmente, uma parte importante dos decisores ainda não se consciencializou que o tratamento estatístico de informação permite criar modelos preditivos que funcionam, independentemente de nem sempre serem simples de conceber e de usar.
O que ainda afasta as empresas da tecnologia analitica?
Existem várias dinâmicas em curso com aspectos contraditórios e que não favorecem necessariamente a concorrência nem a adoção destas abordagens pelas instituições. Estas dinâmicas incluem a perda de autonomia das instituições nas decisões de aquisição, fortes restrições na contratação de técnicos qualificados (e dificuldades em reter estes quadros qualificados). Da mesma forma, o reforço do recurso a serviços partilhados e até a concorrência entre instituições para a prestação destes serviços pode ser um contratempo, já que este tipo de tecnologias requer recursos qualificados, estabilidade ao nível dos processos de negócio e das infra-estruturas de gestão da informação. A Information Builders vai manter um acompanhamento atento a estas dinâmicas pois as oportunidades de melhoria existem e também são do domínio público as experiências de sucesso da adoção destas abordagens pelo que esperamos uma evolução positiva em 2015.
Quais serão as tendências de evolução da procura deste tipo de soluções?
Haverá assimetrias entre empresas que valorizam e reconhecem a importância de decisões analiticamente sustentadas (e em que a informação é crítica para o seu negócio) e outras que apenas reconhecem benefícios qualitativos na informação. As primeiras estão a investir em BI e particularmente em projectos com cunho analítico forte (e provavelmente acima da média, em comparação com outras áreas das TI) enquanto as segundas provavelmente apenas farão investimentos de renovação das capacidades existentes e que porventura sofram de obsolescência.
Quais são os grandes desafios que o big data coloca às empresas?
A explosão do Big Data acarreta novas necessidades e expectativas sobre as capacidades analíticas e a possibilidade de descobrir informação oculta nos dados (DataDiscovery), especialmente novos padrões de comportamentos dos agentes sobre os quais a informação versa. Estamos activamente a participar na inovação e no desenvolvimento de soluções de facilitem abordagens analíticas predictivas e personalizadas para todo o tipo de desafios.
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