Empregadores TI em Portugal com perspetivas (das mais) otimistas para o 4ºtrimestre
Mais de metade (55%) dos empregadores de Tecnologias de Informação em Portugal têm planos para aumentar as suas equipas nos últimos três meses deste ano. Quase um terço antecipa um fim de ano sem alterações nos quadros de pessoal das suas empresas, no que se refere às áreas tecnológicas, e 8% preparam-se para reduzir o número de colaboradores.
Os dados apurados no estudo Tech Talent Outlook, da Experis, convergem assim para uma projeção para a criação líquida de emprego no sector das TI de 47%, no quarto trimestre, valor que traduz uma subida de 3 pontos percentuais face ao período entre julho e setembro e uma melhoria de 9 pontos percentuais, comparativamente com o período homólogo do ano passado.
Portugal surge assim 14 pontos percentuais acima da média da região da EMEA (Europa, Médio Oriente e África) e 8 pontos percentuais acima da média global, sendo o sétimo país no mundo com a perspetiva de criação de emprego tecnológico mais otimista.
«As exigências do mercado, impulsionadas pela evolução tecnológica, têm vindo a refletir-se nas intenções de contratação dos empregadores do sector das TI, em Portugal, que se mostram otimistas para os últimos três meses do ano», destaca Nuno Ferro, diretor de operações da Experis
O mesmo responsável também sublinha que «um dos maiores desafios [aos planos dos empregadores] continua a ser a escassez de talento, com 87% das empresas tecnológicas a declarem ter dificuldade em preencher as vagas». Estas limitações têm obrigado as empresas a ajustar estratégias e a apostar cada vez mais no upskilling e reskilling dos colaboradores.
Refira-se ainda que nos três primeiros trimestres do ano, as perspectivas de contratação para o sector já tinham sido positivas, aumentando ainda entre trimestres. Entre julho e setembro, os planos de contratação dos empregadores para esta área, por exemplo, deverão ter crescido 44%, mais 12 pontos percentuais que no trimestre anterior, mas ainda abaixo das expectativas para igual período de 2022.
«A segurança e gestão dos dados e dos sistemas das empresas, bem como a manutenção de um serviço de apoio eficaz revelam-se, atualmente, as áreas tecnológicas mais prioritárias para os empregadores nacionais», adianta também a Experis.
A nível global, a projeção para a criação líquida de emprego no sector tecnológico, apurada pela Experis, apresenta um valor positivo de 39%, em linha com o trimestre anterior mas a descer 5 pontos percentuais face a 2022.
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