Estado vai investir 5,5 milhões de euros em informação geográfica com tecnologia LiDAR
A Direção-Geral do Território vai adquirir serviços de informação geográfica com tecnologia LiDAR, para garantir a cobertura do território nacional continental, num investimento que pode chegar aos 5,55 milhões de euros e que se repartirá entre 2023 e 2024.
A autorização da despesa foi já publicada em Diário da República, onde se explica que a informação recolhida por este sistema vai apoiar as políticas públicas de ordenamento do território e de urbanismo, nomeadamente a criação do cadastro predial e a criação e manutenção de bases de dados geográficos de referência.
Os fundos alocados ao projeto vêm do Plano de Recuperação e Resiliência e colocam no terreno a medida «Cadastro da propriedade rústica e sistema de monitorização e ocupação do solo», que tem entre os objetivos criar «uma cobertura LiDAR, um modelo digital do terreno e cartografia topográfica de referência para o território de Portugal continental», explica o texto do DR.
Como refere a mesma fonte, o projeto avança «considerando que a altimetria constitui um tema fundamental da cartografia topográfica e é utilizada para múltiplas finalidades pela administração pública e pelas entidades privadas» e reconhecendo que «não existe atualmente, uma cobertura integral do território de Portugal continental com esta informação atualizada».
Sobre a tecnologia LiDAR, também usada nos veículos autónomos para fazer o reconhecimento do ambiente envolvente, explica-se que tem a vantagem de permitir obter, para além de informação altimétrica sobre o solo – modelos digitais do terreno, informação altimétrica sobre a superfície – modelos digitais de superfície.
Esta característica, que habitualmente não está incluída na cartografia topográfica tradicional, vai permitir utilizar esta informação geográfica em diferentes sectores, para além de permitir informação geográfica posicional mais rigorosa, face a a outras metodologias de recolha desses dados.
O valor autorizado para despesa é um valor máximo, que pode por isso não corresponder ao valor final do projeto. A maior fatia deste investimento (3,6 milhões de euros) será realizada no próximo ano. O restante, no ano seguinte.
Publicado em:
ProjetosPartilhe nas Redes Sociais