Fabricantes chineses ganham terreno nos smartphones
Os números de 2016 estão fechados e mostram que os fabricantes asiáticos têm um peso cada vez mais determinante no mercado dos smartphones, com destaque para os chineses.
A liderança da Samsung no mercado de smartphones está consolidada e mesmo num ano de grandes revezes, em que a marca teve de retirar do mercado um produto que explodiu e se viu envolvida num escândalo financeiro, a verdade é que continuou a ser a que mais equipamentos móveis vendeu em todo o mundo: um total de 309 milhões de unidades.
Mas é da Oppo a ascensão mais relevante em 2016, com um crescimento nas vendas de 99% nos últimos três meses do ano, o que lhe garantiu uma quota de 7% no mercado mundial. A expectativa em relação à performance da empresa para este ano é ainda maior, já que o principal objetivo estratégico da marca, que aposta sobretudo no preço, é expandir-se para novas geografias. A Nigéria é uma das apostas fortes.
A outra revelação é a Vivo, outro fabricante chinês que nos últimos três meses do ano passado alcançou uma quota global de 6%, o equivalente a 71,9 milhões de unidades vendidas.
A nível mundial a Huawei ultrapassa a concorrência local e nos últimos três meses do ano conseguiu, pela primeira vez, alcançar 10% do mercado mundial, mas na China, em todo o ano, vendeu menos que a Oppo, segundo dados da IDC.
Já em mercados como a Europa, os produtos da marca têm aumentado o nível de popularidade, em sintonia com as melhorias ao nível da qualidade dos materiais usados, destaca a Strategy Analytics.
Em termos globais foram vendidos 1,5 mil milhões de smartphones no ano passado, de acordo com os dados da mesma empresa de estudos de mercado, o que traduz um crescimento de 3%.
A China foi um dos mercados que mais impulsionou a evolução, mas é um país onde a Samsung já nem integra o top 5 de vendas, segundo os últimos dados da IDC, e onde a Apple (2ª fabricante a nível mundial, com 215,4 milhões de equipamentos vendidos em 2016) caiu para a quarta posição das vendas.
As marcas europeias que já dominaram o mercado dos telemóveis foram completamente arredadas do ranking, como a Nokia ou a Ericsson, que abandonaram mesmo este «campeonato», embora no caso da Nokia apenas de forma temporária. A empresa está de volta ao mercado dos telemóveis e tem novidades para mostrar na próxima semana no Mobile World Congress que decorre em Barcelona.
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