FACE junta associações para dar voz à criptoeconomia
Portugal tem uma nova entidade para representar e dinamizar o mercado de criptomoedas e blockchain. A Federação das Associações de Criptoeconomia foi apresentada esta semana e reúne a Aliança Portuguesa de Blockchain, a Associação Portuguesa de Blockchain e Criptomoedas e o Instituto New Economy.
A federação nasce para dar uma voz mais forte ao sector em processos em marcha como a regulação do sector, que a nível nacional ainda não existe e a nível europeu também ainda não está completamente fechada.
«A Federação das Associações de Criptoeconomia pretende garantir que qualquer pacote legislativo que seja ponderado pelo atual governo relativamente a temas que incidam direta ou indiretamente sobre a Criptoeconomia possam ter o contributo dos representantes do setor», explica a nota de imprensa de apresentação da FACE.
«Procura igualmente assegurar que Portugal mantenha um regime fiscalmente competitivo, combatendo o atual clima de incerteza regulatória, e apoiar o governo a definir o esqueleto do que poderá ser uma legislação antecipatória da entrada em vigor do MiCA». O MiCA é o regulamento europeu sobre o tema, atualmente em preparação.
Portugal tem vindo a atrair vários investimentos nesta área, precisamente pela ausência de regulação restritiva. As entidades reunidas na FACE querem influenciar a adoção de um regime fiscal atrativo para o sector.
Na agenda, a FACE coloca também a intenção de promover iniciativas educativas para aproximar a população da indústria blockchain e aumentar o nível de conhecimento sobre este tema. Em preparação contínua ainda um estudo sobre o potencial de criação de valor dos ativos digitais para a economia portuguesa.
Dados divulgados pela FACE, na nota de apresentação, posicionam Portugal como a oitava maior criptoeconomia da Europa ocidental, sexta da União Europeia. Os dados são da Chainalysis e referem-se tanto a 2021, como à primeira metade de 2022.
As entidades fundadoras da FACE vão continuar a existir e a trabalhar autonomamente nas suas áreas específicas, em paralelo com a colaboração nos temas de agenda comum.
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