Facebook apresenta visão a 10 anos
Depois de, na segunda-feira, 15 mil pessoas terem assistido à abertura oficial da Web Summit Lisboa, o pontapé de saída para o segundo dia ficou a cargo de Mike Schroepfer, CTO do Facebook, que subiu ao palco para apresentar a visão da empresa para os próximos 10 anos.
Numa plateia repleta de empreendedores, gestores, empresários e curiosos da área, Schroepfer começou por sublinhar que a estratégia do gigante norte-americano assenta em três pilares fundamentais: conectividade, inteligência artificial e realidade virtual
Tendo em conta este ponto de partida, até 2036 o Facebook diz estar emprenhado em colocar online “os mais de 4.1 mil milhões de pessoas em todo o mundo que ainda não têm acesso à Internet”.
Este é o ponto de partida para o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido num dos pilares da estratégia a 10 anos: conectividade. Um trabalho que sofreu um pequeno revés: “A explosão do Falcon 9 da SpaceX que levava a bordo um satélite de comunicações do projeto Internet.org, destinado a fornecer acesso Web aos países da África Subsariana.”
Um incidente que, no entanto, não desanimou a equipa do Facebook. Segundo Mike Schroepfer o projeto continua a ser trabalhado, “embora com algum atraso face às circunstâncias”.
Um segundo pilar a ter em conta está associado à inteligência artificial que permite “fazer coisas novas, tirando partido do grande crescimento que se tem verificado no poder da computação”.
Embora defenda que “os atuais sistemas de inteligência artificial são ainda demasiado básicos”, o CTO do Facebook diz acreditar que o futuro será “bem diferente” se optarmos por associar, por exemplo, “este tipo de sistemas a programas de edição de imagem”. Podemos estar perante a possibilidade de “criar arte”, disse.
O terceiro pilar da estratégia a 10 anos surge associado à realidade virtual, vista como a tecnologia do futuro. Nesta área, “2016 é um ano chave para o seu desenvolvimento, tornando a experiência de realidade virtual verdadeiramente imersiva”.
Entre os projetos já em desenvolvimento, Mike Schroepfer deixou o exemplo daquilo que se poderá fazer no setor da saúde, “com doentes que apresentam graves lesões da medula”. A realidade virtual “ajuda a treinar o seu corpo, ativando neurónios que lhes permitem recomeçar a andar, ainda que lentamente”.
O desafio da empresa liderada por Mark Zuckerberg passa agora por perceber “de que forma podemos levar a realidade virtual a todo o mundo, tornando-a mais barata e, consequentemente, mais acessível”.
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