Faturação eletrónica só é usada por 39% das PME em Portugal

Apenas 39% das pequenas e médias empresas a operar em Portugal tiram partido de uma solução de faturação eletrónica, segundo um estudo da Cegid. A maioria das empresas estão conscientes da legislação portuguesa nesta matéria, mas um terço não sabem que as faturas em PDF vão deixar de ser consideradas faturas eletrónicas, conclui o Estudo sobre Faturação Eletrónica em Portugal.
Ainda assim, o relatório mostra um crescimento de 8% na implementação de sistemas de faturação eletrónica ao longo do ano passado e de 13% já durante este ano, estimando-se que 56% das PMEs tenham este tipo de sistema de faturação implementado até ao final deste ano.
Verificou-se ainda que 88% das empresas estão familiarizadas com as faturas desmaterializadas e que a maioria (82%) das 604 empresas entrevistadas sabem que, desde 1 de janeiro de 2023, os fornecedores do setor público são obrigados a usar faturas eletrónicas. Setenta e um por cento das empresas também sabem que a partir de 31 de dezembro deste ano, as faturas em PDF sem assinatura eletrónica qualificada deixarão de ter validade.
As principais barreiras à adoção de uma solução de faturação eletrónica serão ainda os custos de implementação (21%), o baixo volume de faturas enviadas (20%), ou o facto de as empresas integrarem setores de atividade que não estão ainda abrangidos por esta obrigação fiscal, razão apontada por 19%.
Já as empresas que adotaram fatura eletrónica sublinham como principais benefícios a eficiência administrativa (principal ganho para 44% dos inquiridos), a participação em contratos públicos, a redução do arquivo físico e a digitalização dos processos.
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