Flash para os parceiros
Daniel Cruz, territory manager da NetApp Portugal
Há sempre um momento no ciclo vital de qualquer tecnologia em que os fabricantes devem proporcionar aos seus clientes algo mais do que os argumentos básicos de diminuição de custos, maior produtividade e maior facilidade de gestão.
Este tipo de vantagens converteu-se na expectativa mínima de quem adquire serviços e soluções TI na hora de investir em novos serviços e tecnologias; agora o que se procura são serviços que acrescentem valor, não simples melhorias em termos de eficiência. Toda a solução tecnológica deve chegar a um ponto em que estes requisitos mínimos são cumpridos e superados, oferecendo assim a capacidade de melhorar os serviços que a empresa oferece, transformar o comportamento da sua equipa e possibilitar a criação de novas linhas de negócio e fontes de receita.
Fruto de um conceito a que se chamou “economia das expectativas”, a qual está a ser impulsionada pela mudança na relação entre os humanos e a tecnologia, as empresas estão a ver-se submetidas a enormes pressões para oferecer experiências absolutamente fluidas e ininterruptas. O facto é que, se não conseguir dar resposta, um concorrente ou uma nova empresa revolucionária poderá fazê-lo por elas. Assim, enquanto o armazenamento flash leva tempo a desfrutar de um mercado sólido no mundo das aplicações de máximo rendimento, como é o caso do alojamento web, do mundo financeiro, do atendimento ao cliente e das infraestruturas de escritórios virtuais, a necessidade de um rendimento elevado e constante está a estender-se por todo o sector da informática. Assim, estatísticas recolhidas pela KISSmetrics indicam que 40% dos utilizadores abandonam as páginas Web que tardam mais de 3 segundos a carregar, e que um atraso de apenas 1 segundo na resposta de uma página pode resultar numa redução de 7% nas conversões.
Os empregados não querem ver-se limitados pelas tecnologias com que contam no seu trabalho; isso é particularmente visível no caso dos millennials, que partem com expectativas próprias de como a tecnologia se deveria expandir, em vez de se limitar. Além disso, os dados converteram-se num dos ativos com maior potencial de quem tem negócios na hora de personalizar os seus serviços e oferecer novas experiências que superem as expectativas dos clientes, o que, por seu turno, resulta numa posição vantajosa face à concorrência.
O movimento dos que adquirem soluções flash mudou. Já não se trata de procurar um equilíbrio entre preço e rendimento, mas de investir em níveis de serviço que definirão e diferenciarão o negócio. À medida que cada vez mais empresas dão o salto psicológico de entender a informática como uma mera infraestrutura que torna a empresa possível para a entender como um alicerce para a inovação, o movimento rumo aos centros de dados integralmente flash será cada vez mais evidente.
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