GMV ganha terreno como empregador na indústria espacial europeia

A GMV disputa com a RUAG a posição de sexto grupo industrial europeu no sector do Espaço, sob o ponto de vista do emprego, ficando apenas atrás de grandes grupos como Airbus, Thales, Ariane, Leonardo e OHB.
Os dados surgem na 24ª edição do relatório anual elaborado pela Eurospace sobre a indústria espacial europeia, e que permite perceber o papel que a multinacional tecnológica adquiriu nos últimos anos, concentrando em 2019 cerca de 2,06% do emprego, a tempo inteiro, num total de 47 895 trabalhadores (+5,7%).
Embora sejam três os grandes grupos responsáveis por cerca de metade do emprego total (Airbus, Thales e Leonardo), empresas como a GMV «criam cada vez mais postos de trabalho e valor acrescentado à indústria espacial europeia», sector que em 2019 registou vendas totais de 8 756 milhões de euros (o que representa um crescimento de 2,6%).
Mercados e programas institucionais europeus
As vendas da indústria espacial europeia estão principalmente associadas a clientes institucionais e representam 71% das vendas da indústria. Por sua vez, os clientes privados representam 29%, de acordo com dados apresentados pela GMV em comunicado a partir de relatórios da Eurospace.
As instituições públicas europeias, incluindo a ESA, as agências nacionais, a Eumetsat, Forças Armadas e a CE são os principais clientes históricos da indústria espacial europeia e, atualmente, representam 63% das vendas.
Os programas institucionais geraram 5500 M€ em receitas na indústria europeia. Os programas da ESA continuam a ser a principal fonte de receitas para a indústria europeia: 2800 M€, representando 51% das receitas do setor.
As contas da GMV
2019 foi um ano «excecional para a GMV no setor espacial». Conseguiu aumentar em 30% a sua faturação relativamente ao ano anterior, ultrapassando os 140 milhões de euros. Recorde-se que já em 2015 a GMV tinha multiplicado por 2,5 o seu volume de negócios, permitindo que novos profissionais se juntassem ao seu projeto.
Este crescimento abrangeu todas as áreas de negócio, «as quais crescem entre 15% e 40%» e envolveu «a maior parte dos países onde a empresa detém atividade espacial». Destaque para «o importante crescimento da filial espanhola, a consolidação na Alemanha como segundo país dentro do grupo, assim como um crescimento importante em França, Portugal, Roménia e Reino Unido».
Publicado em:
TalentoPartilhe nas Redes Sociais