GMV segue caminho da Saúde digital

A área da Saúde é uma das fortes apostas da GMV, empresa que nasceu no sector espacial, mas que tem vindo a expandir a sua atividade para outros ramos.
No caso da Saúde, a oferta é cada vez mais digital e suporta uma «explosão que se deu há cerca de cinco ou seis anos atrás com o advento do big data e a cada vez maior dificuldade em analisar a informação do paciente», explicou, a propósito, Inmaculada Pérez, diretora eHealth da GMV.
Especializada na área de serviços, produtos e soluções associadas à Saúde, a GMV tem vindo a apostar no desenvolvimento de software sempre sem esquecer as variáveis de segurança e privacidade, «apostando numa medicina mais personalizada e em conceitos como a teleconsulta, que a Saúde digital já vai permitindo», disse ainda a mesma responsável.
Na verdade, este conceito de Saúde digital não é mais do que a criação de uma rede de informação com capacidade «para interligar todos os atores na área da saúde, ajudar a gerir os dados e disponibilizar a melhor oferta possível», explicou Inmaculada Pérez.
Contas feitas, a tecnologia permite hoje em dia centrar atenções no utente «de forma muito assertiva», passando não apenas pela análise da doença em particular, mas antes «por um conjunto de informações mais abrangentes ligadas ao contexto profissional e social desse mesmo paciente». Algo que, a diretora eHealth da GMV defende, deverá ser feito «respeitando sempre a privacidade do doente que deve dar o seu consentimento expresso para a utilização desses dados».
Na GMV as soluções em saúde dão corpo a esta área que é, cada vez mais, orientada à omnicanalidade, suportando «a prevenção, prescrição, monitorização, e tomada de decisões pelo recurso a algoritmos de inteligência artificial capazes de interpretar e relacionar os dados mais diversos e complexos existente sobre um dado paciente», disse ainda a mesma responsável.
Em termos de oferta, a GMV suporta a sua ação nas soluções Radiance e Antari. No caso da primeira, assegura o procedimento de planeamentos de radioterapia intraoperatória «e é a primeira solução do género». Já o Antari é uma plataforma de telemedicina que permite realizar consultas a distância de forma programada. O produto conta com as variáveis Home Care (para gestão de pacientes de forma remota e administração de cuidados), TeleRehab (que assegura planos terapêuticos para reabilitação) e Evidence (associado ao big data e que permite a análise de dados e extração de informação de forma inteligente).
Santa Maria em teleconsulta
No campo da Saúde digital, são já vários os exemplos de utilização das ferramentas GMV em diversos países e Portugal não foge à regra. O Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN) dá o exemplo com o desenvolvimento do conceito de telemedicina. Luís Salavisa, diretor do serviço de sistemas de informação do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte começa por explicar que «diariamente circulam cerca de 20 mil pessoas no Hospital de Santa Maria e há dias em que se fazem mais de 800 urgências». Ora a tecnologia poderá ser aqui «uma enorme mais-valia para retirar as pessoas de dentro do hospital», defende este responsável.
Nesse sentido, a telemedicina em consulta, recorrendo a tecnologia GMV, é um projeto já em andamento, «prevendo-se a implementação da teleconsulta ainda este ano em seis serviços do Hospital como a endocrinologia, a reumatologia ou a dermatologia». Luís Salavisa assume que sertão «o primeiro Hospital publico a disponibilizar este tipo de serviço» que assegura comunicações interativas, partilha de imagens clínicas em tempo real, promoção de consultas entre especialidades ou ainda uma melhor gestão do tempo de parte a parte». Apesar dos desenvolvimentos tecnológicos, a primeira consulta será sempre presencial «até porque existe a necessidade de uma aproximação mais personalizada ao paciente», sublinha o diretor do serviço de sistemas de informação do CHLN.
A solução está também pensada e vai ser aplicada na área da enfermagem e, igualmente, a pacientes de estabelecimentos prisionais, em casos de acompanhamento de patologias como a Hepatite C ou o HIV «e sempre que os pacientes assim o entenderem».
Luís Salavisa recorda que a transformação digital na Saúde «é um caminho sem retorno» embora considere que «nem sempre é fácil levar por diante alguns projetos no sector publico».
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