HP aposta em novas tecnologias de impressão para trazer maior rentabilidade aos parceiros e clientes
Apesar de estarmos em plena fase de transformação digital nas empresas, isso não significa que o papel vai desaparecer por completo. A impressão continua a ser uma vertente importante para diferentes segmentos profissionais e as empresas do sector ainda trabalham para captar novos clientes.
A HP é uma empresa com uma grande tradição no segmento da impressão. A tecnológica apercebeu-se no entanto que, ao contrário do que acontecia em muitas outras áreas do seu negócio, o mercado das impressoras A3 era um no qual a HP estava claramente aquém das expectativas.
Valores partilhados hoje pelo gestor de soluções empresariais na HP Portugal, João Ferrão, revelam que em 2016 a tecnológica terminou o ano apenas com 1% do valor de mercado no segmento de impressão profissional A3. «É uma visão quase triste para nós, sermos tão bons e estarmos a perder uma fatia tão grande», disse o executivo.
O objetivo para a HP em Portugal é chegar ao final de 2017 com uma quota de mercado de valor de 10%, um número que já está bem encaminhado. No primeiro trimestre deste ano a HP já conseguiu assegurar uma fatia de mercado de 8%, fruto da conquista de novos contratos junto de grandes clientes – os nomes não foram revelados.
Perto de 90% das impressoras A3 que existem atualmente nas empresas estão em modelo de contrato, de longe a modalidade mais popular no mercado português para este segmento. «Obviamente que o mercado A3 é muito importante para nós», acrescentou o executivo da HP.
O reconhecimento desta importância é feito com a aposta em novas tecnologias nas impressoras A3 que vão ficar disponíveis para o mercado empresarial. Uma das novidades é a integração da tecnologia Pagewide também em máquinas deste segmento, algo que até aqui era aplicado sobretudo no mercado de consumo.
A opção de tecnologia Pagewide significa na prática que a impressão é feita em toda a linha, não obrigando à existência de uma cabeça de impressão que se movimenta de um lado para o outro. Com este sistema a HP diz que consegue reduzir o número de consumíveis de uma impressora desta categoria em 90%.
Ao dispensar a maior parte dos consumíveis – as impressoras deixam de ter tambores, fusores e recipientes de recolha de resíduos para terem apenas toners inteligentes -, a HP estará a reduzir aos parceiros de revenda os encargos com manutenção, o que por sua vez permitirá praticar preços mais interessantes aos consumidores finais. «É importante passar o benefício de conseguir imprimir mais barato para o cliente», considerou João Ferrão.
Questionado sobre a poupança que estas novas máquinas equipadas com Pagewide podem representar para os clientes finais, João Ferrão disse que deverão rondar os 50% para um contrato de quatro a cinco anos. Esta percentagem de redução tem em conta diversos factores como o menor consumo energético e a menor nível de desperdício provocado em consumíveis.
O cérebro da impressora
Além da tecnologia Pagewide, a HP está também a equipar as suas máquinas mais recentes com um sistema que dá pelo nome de Smart Device Services (SDS), uma camada inteligente de software que vai ajudar na resolução e identificação de problemas.
Muitas vezes quando as impressoras deixam de funcionar, o técnico desloca-se até à empresa apenas para fazer um reset da máquina. Com a integração do SDS essa reinicialização pode ser feita de forma automática, o que reduz o tempo de inatividade da máquina e vai ajudar a poupar em deslocações desnecessárias.
Mas para o caso de ser necessário a deslocação de um técnico de reparação, ele já não vai de ‘mãos a abanar’ – antes de chegar à máquina avariada já tem informação sobre qual o seu modelo e qual a causa provável do problema, o que lhe permite ir melhor preparado para a resolução.
João Ferrão disse que há clientes em Portugal que têm milhares de impressoras instaladas entre dezenas de modelos, o que pode provocar alguma entropia na hora de resolver uma avaria. O SDS vem justamente para resolver esta dificuldade.
Toda esta ‘inteligência’ das impressoras da HP é fruto da análise de dados produzidos por 70 novos sensores integrados que têm em consideração até elementos como a temperatura do escritório. Estes dados vão alimentar um sistema preditivo que será aplicado a outras impressoras mais antigas, com o objetivo de tentarem antever problemas.
O SDS vai por isso estar acessível nos três modelos Pagewide agora anunciados e nos 13 novos modelos LaserJet que estão a chegar ao mercado português. Além disso vai ser compatível com impressoras HP, de 2012 ou posteriores, que tenham instalado o sistema operativo FutureSmart.
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