IA ganha terreno com escassez de recursos a motivar e travar investimentos
Quarenta e dois por cento das empresas, a nível global, dizem já estar a tirar partido da inteligência artificial. Trinta e cinco por cento usam estas tecnologias ao serviço do negócio e 28% asseguram que já adotaram uma estratégia transversal para a IA. Já 37% das organizações que ainda não têm uma estratégia nesta área indicam que estão a desenvolvê-la.
Pôr no terreno estratégias de gestão de dados é um dos grandes motes para a aposta em IA. As empresas estão também a tirar partido destas tecnologias para responder à escassez de recursos humanos em algumas áreas. Uma em cada quatro organizações apontam esta motivação. Fazem-no para automatizar tarefas, ou como ferramenta de aprendizagem assistida, por exemplo. Por outro lado, é também a falta de recursos a razão mais relevante para que as empresas invistam de maneira mais firme em IA.
As conclusões constam do estudo «Global AI Adoption Index 2022» da IBM, realizado em parceria com a Morning Consult, onde também se revela que para em empresas a IA está já a ser usada, ou existem planos para isso, para agilizar iniciativas no domínio da sustentabilidade.
As grandes empresas são as mais avançadas na utilização da IA. Já por regiões, os locais onde mais responsáveis TI (60%) assinalaram que as suas empresas estão a tirar partido da IA foram a China e a Índia. Os sectores onde há mais referências à utilização da IA são os dos serviços financeiros, automóvel, media ou energia, entre outros.
As empresas que não investem ainda nestas tecnologias enfrentam três tipos de constrangimentos principais: conhecimento e experiência limitada na tecnologia (34%), preços (29%) e falta de ferramentas para desenvolver modelos de IA, resposta apontada por um quinto das organizações.
Os dados mostram, no entanto, que nem todas as empresas a investir na IA têm também medidas no terreno para garantir que a sua IA é confiável e responsável, mesmo considerando que esse é um aspeto importante. As que o fazem estão a privilegiar medidas para reduzir o preconceito (74%), acompanhar as variações de desempenho/derivação de modelos (68%), e garantir que podem explicar as decisões tomadas pela IA (61%)
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