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IDC Directions: Pelo caminhos da transformação digital

Publicado em 14 Outubro 2016 | 1272 Visualizações

Foram mais de 1300 os profissionais de TI que disseram presente na edição deste ano do IDC Directions, que decorreu no Centro de Congressos do Estoril. A transformação digital foi o tema em destaque na maioria das intervenções e provou-se que é ele que continua a mobilizar o mundo das TIC.

Umas mais avançadas do que outras, as empresas dão provas de que o contexto de transformar o negócio tendo em vista a digitalização dos processos já foi compreendido e de que estão a por em marcha as suas iniciativas. Gabriel Coimbra, diretor-geral da IDC Portugal, insistiu na relevância da terceira plataforma para a evolução tecnológica e referiu que até 2020 mais de 60% das organizações estarão conscientes do poder do principal ativo da transformação, a informação, colocando-a no centro do seu negócio, mas por enquanto a fraca maturidade digital das empresas é um desalento para a imagem de inovação que o mercado português deve passar. Cerca de 27% das empresas de média e grande dimensão em Portugal ainda se encontram no nível 1 (numa escala de 1 a 5) no modelo de Maturidade para a DX da IDC, contra 20% na Europa Ocidental e 13% nos EUA.

Por sua vez, Philip Carter, chief analyst e vice-presidente da IDC EMEA, veio ao Directions dar conta de que a transformação digital já está em marcha em cerca de dois terços das empresas europeias, no entanto as restantes ainda olham de soslaio para os investimentos e atrasam a capitalização dos benefícios e da eficiência que esta transformação poderá acrescentar aos negócios. De acordo com este responsável, só 17% das organizações europeias estão em fases mais avançadas da transformação digital, e uma em cada cinco é ainda classificada como resistente à mudança.

Philip Carter assume que há passos que os gestores têm de dar para avançar nesta caminhada digital e definir uma estratégia que esteja alinhada com os objetivos de negócio e da gestão é um deles. Nesta ótica, o envolvimento de todos os stakeholders da organização é crucial, nomeadamente os responsáveis de negócio, de TI e os chief digital officers, que debaixo da batuta do CIO deverão caminhar alinhados em todas as dimensões da transformação, sejam elas a inovaçao, a integração desta inovação nos processos de negócio ou a integração de novos profissionais que permitam monetizar de forma mais rápida as mudanças. «O CIO tem de estar preparada para liderar a transformação», incitou o responsável. Phil Carter referiu que mais de dois terços dos CEO das 500 maiores empresas europeias já colocaram a transformação digital no centro das suas estratégias de negócio.

NA 19ª edição do Directions, empresas como a Vodafone, a Sonae, o Banco BPI, a Galp, a EDP, a Fidelidade e instituições como a eSPap partilharam as suas estratégias e iniciativas de transformação digital. «A transformação digital facilita a entrada no circuito internacional e permite equilibrar o campo de jogo fazendo com que não fique tão inclinado», assumiu Gonçalo Oliveira, CIO da Galp Energia.

A transformação tem de acontecer e a opinião de todos é a de que não se pode ignorar, sob pena de se perder terreno para a concorrência, muita dela já nativa digital. «O IoT, o big data e a analítica avançada estão a alterar a génese do negócio das seguradoras, o assessment do risco. Passámos de uma realidade em que olhávamos para trás, para outra em que atuamos em tempo real», constata Rogério Campos Henriques, executive board member & CIO na Fidelidade.

Mais do que modernizar e digitalizar processos, Vergílio Rocha, diretor Corporativo de Sistemas de Informação, EDP, garante que a transformação do contexto interno das organizações será também decisiva para atrair o talento de que todos falam. «A transformação digital traz desafios novos e alguns ainda não os vislumbramos», constata o responsável.

Para a transformação digital seja bem-sucedida, Jaime Quesado, presidente do Conselho Diretivo, ESPAP – Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, diz que tem que existir um envolvimento da gestão de topo em todos os passos da mudança. «A liderança é um exercício de gestão. Esta tem de ser ativa e comprometida com a inovação e com a transformação digital. Tem de ser uma gestão em rede», destaca Jaime Quesado, ESPAP.

 


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