Partilhe nas Redes Sociais

Igualdade salarial ao alcance da classe de 2020

Publicado em 16 Março 2017 | 2159 Visualizações

Será ainda necessário tomar várias medidas, mas um novo estudo da Accenture conclui que vai ser possível eliminar a discrepância salarial entre homens e mulheres a médio prazo. A pesquisa “Getting to Equal 2017” indica que as mulheres que se licenciarem na classe de 2020 poderão fazer parte da primeira geração que atinge a igualdade salarial.

Para isso, será preciso implementar “uma série de estratégias” na formação e desenvolvimento profissional destas mulheres, com o apoio de governos e empresas. A premissa do estudo abrange somente mulheres de países desenvolvidos e é uma previsão para a duração da sua carreira profissional – ou seja, não significa que atinjam a igualdade salarial assim que saírem da universidade. O ano apontado é 2044.

O “Getting to Equal” foi realizado com base num universo de 28 mil pessoas de 29 países (Portugal não foi incluído, apesar de uma forte presença de países europeus) e a sua intenção foi perceber a extensão da discrepância salarial a nível global e por geografias.

O estudo aponta várias estratégias concretas, embora seja divergente em relação a outras estimativas. Em 2015, um outro trabalho da American Association of University Women previa que a discrepância salarial só seria eliminada em 2080, e essa previsão é consistente com outros relatórios.

Neste momento, uma mulher ganha, em média, 100 dólares por cada 140 que um homem obtém. Também há menos mulheres em trabalhos remunerados do que homens, o que contribui para uma desigualdade salarial oculta que aumenta as desigualdades económicas entre homens e mulheres.

«A força de trabalho do futuro deve ser equitativa. A diferença salarial entre homens e mulheres é um imperativo económico e empresarial que interessa a todos e devemos agir para criar oportunidades significativas para as mulheres e corrigir esta diferença o mais rapidamente possível», referiu Pierre Nanterme, CEO e Chairman da Accenture.

As estratégias indicadas pela Accenture estão relacionadas com:

Fluência digital – a forma como a pessoas utilizam as tecnologias digitais para se conectarem, aprenderem e trabalharem;

Planeamento de carreira – que estimula as mulheres a apostar alto, tomar decisões baseadas em informação prévia e gerir as suas carreiras de forma proativa;

Imersão tecnológica – que permite obter conhecimentos de tecnologia e capacidades digitais suficientes para evoluírem à mesma velocidade que os homens.

«A igualdade de género é um elemento essencial de um ambiente de trabalho inclusivo, e isto inclui, evidentemente o salário», acrescentou Pierre Nanterme.

Na verdade, «os governos e empresas têm um papel crítico na abolição da discrepância salarial existente e a colaboração entre estas entidades é fundamental para criar oportunidades, ambientes e modelos a seguir para liderar a mudança», disse ainda o mesmo responsável.


Publicado em:

Talento

Partilhe nas Redes Sociais

Artigos Relacionados