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Industria 4.0 promete empresas mais digitais

Publicado em 25 Abril 2016 | 1025 Visualizações

Criar empresas mais digitais e assumidamente na vanguarda da inovação é a aposta da Industria 4.0.

A iniciativa, apresentada pelo Governo, vai produzir um conjunto de recomendações que permitam depois às empresas avançar na digitalização dos processos de forma a anularem a barreira geográfica e utilizando as novas tecnologias. Esta iniciativa integra-se na área de inovação na Economia do Programa Nacional de Reformas.

Durante a cerimónia de apresentação, que decorreu em Ílhavo, o Primeiro-Ministro, António Costa recordou que «Portugal tem uma escolha a fazer: ou nos viramos para o futuro, e apostamos em estar na crista da onda desta nova revolução (tecnológica), ou continuamos a discutir o passado sem avançarmos».

Recordando que a aposta na tecnologia é «crítica para a indústria portuguesa», António Costa disse ainda que, é por isso mesmo que «a Europa está a assumir a revolução tecnológica industrial como uma prioridade. E Portugal tem de fazer parte desta Europa».

O Primeiro-Ministro recordou também que, para que haja inovação «é essencial relacionar o saber produzido nas universidades e nos institutos politécnicos com a atividade desenvolvida pelas empresas», referindo que «o programa Start-up Portugal multiplica a energia empreendedora do País».

Lembrando que «a inovação se alimenta de duas componentes», António Costa apontou a qualificação dos recursos humanos e a aprendizagem ao longo da vida como determinantes: «Qualificarmos os nossos recursos humanos é crítico, uma vez que os dados estatísticos nos mostram que o maior défice do País tem a ver com isto, sendo este aspeto aquele que distingue Portugal dos países mais avançados da Europa».

Mas «também a aprendizagem ao longo da vida é importante, para garantir que o sucesso desta revolução industrial não é destruído pela disrupção social que ela mesma produz», disse o chefe do Governo.

Afirmando que «o Plano Nacional de Reformas foi pensado como um todo», António Costa acrescentou: «É preciso agora que as políticas públicas e as necessidades do tecido empresarial se articulem».

Assim sendo, «a Deloitte e a Cotec estão a trabalhar para definir quais as prioridades a adotar para o sucesso desta revolução industrial».

António Costa não deixou de se referir ao desafio do futuro: «É termos talento e conseguirmos mobilizá-lo, a par da capacidade de investir e de criar valor, pois esta revolução é permanente, coloca-se todos os dias, o que obrigará à procura de novas respostas em permanência. Assim é no mundo das redes digitais».

E o Primeiro-Ministro exemplificou como com a digitalização da indústria a localização não importa: «Há três semanas visitei uma pequena empresa na Ribeira Brava, na Madeira, que gere plataformas informáticas, detendo clientes em todo o mundo. Este é um caso das oportunidades que temos de aproveitar, ou outros o farão no nosso lugar».

Com um valor global de 414 milhões de euros, totalmente suportados por fundos comunitários, a Indústria 4.0. pretende chegar a mais de nove mil empresas em todo o país.


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