Instalação de apps maliciosas afeta 0,71% dos utilizadores de Android
O terceiro relatório anual de segurança do Android contém boas e más notícias para os utilizadores do sistema operativo da Google: o número de aplicações potencialmente maliciosas instaladas nos terminais caiu em quase todas as categorias. No entanto, havia mais dispositivos Android com apps maliciosas no final de 2016, 0,71%, que no início de 2015, quando era 0,5%. O problema é que há 1,4 mil milhões de utilizadores de Android: mesmo a mais baixa das percentagens atira o número de afetados para os milhões.
«Ao utilizarmos melhores ferramentas e com base no conhecimento que temos face a 2016 acreditamos que podemos reduzir o número de dispositivos afetados por aplicações potencialmente maliciosas em 2017, independentemente do local onde os utilizadores descarregarem as suas aplicações», escreveram os especialistas da Android Security Team, Adrian Ludwig e Mel Miller, analisando o relatório.
É que um dos maiores perigos para os utilizadores de Android é descarregarem apps de lojas de terceiros, em vez de usarem a loja oficial Google Play. Os dados das empresas de cibersegurança indicam que o quase todo o malware móvel identificado é desenhado para Android, por ser o sistema operativo mais usado do mundo e não ter um sistema restrito de publicação de apps.
A Google está a tentar minimizar os riscos e no ano passado realizou 750 milhões de verificações diárias para detetar aplicações maliciosas, um aumento em relação aos 450 milhões em 2015. O resultado foi uma redução das instalações em várias categorias destas apps: menos 51,5% nos cavalos de Tróia, menos 54,6% nos “hostile downloaders”, menos 30,5% nos backdoors e menos 73,4% nas aplicações de phishing.
A empresa sublinha que a loja oficial Google Play continua a ser a mais segura na hora de descarregar aplicações. No ano passado, 0,05% dos dispositivos que descarregaram apps exclusivamente da Google Play continham uma aplicação potencialmente maliciosa. Isto representa um decréscimo face aos 0,15% registados em 2015. Quando a Google encontra estas apps maliciosas, avisa o utilizador ou remove a app remotamente, conforme a seriedade da ameaça.
A última versão do sistema operativo, Android Nougat, contém várias melhorias ao nível da segurança, no entanto, apenas 3% dos utilizadores fizeram a atualização. Pior: apenas metade fizeram correções recentemente. Os especialista explicam que cerca de metade dos dispositivos em utilização no final de 2016 não tinha recebido uma atualização de segurança da plataforma no ano anterior. «Estamos a trabalhar para aumentar as atualizações de segurança dos dispositivos ao simplificar o nosso programa de atualizações de segurança de modo a tornar mais fácil aos fabricantes a disponibilização dos patches de segurança e a disponibilidade de atualizações A/B, tornando mais simples aos utilizadores aplicarem estas atualizações», garantem.
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