Inteligência artificial vai suportar novo sistema de apoio ao combate de fogos urbanos
A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa está a trabalhar num projeto de investigação que vai analisar o fenómeno dos incêndios urbanos, recorrendo a ferramentas de inteligência artificial e metodologias da ciência dos dados.
O projeto em questão chama-se AI-4-MUFF e pretende criar um novo Sistema de Apoio à Decisão Estratégica no Combate dos Fogos Urbanos, baseado numa nova ferramenta que torne mais eficaz a gestão de recursos públicos.
Como reconhece a Autoridade Nacional Emergência e Proteção Civil, um dos parceiros do programa, a iniciativa vem colmatar a falta de estudos de caráter científico sobre os fogos dentro das cidades. A mesma entidade reconhece, que embora o número de corporações de bombeiros em regiões mais populosas seja grande, «não existe qualquer garantia de uma intervenção eficiente e igualitária em todo o país», sublinha uma nota de imprensa.
A ferramenta que for desenvolvida no âmbito do projeto vai apoiar a atividade da ANEPC e a tomada de «decisões tecnicamente mais fundamentadas». Alguns exemplos citados pela Universidade Nova de Lisboa focam a distribuição de recursos humanos e equipamento, ou mesmo definir a melhor localização para um quartel de bombeiros.
O instrumento que nascer do projeto AI-4-MUFF vai basear-se em evidências empíricas, «através da aplicação de técnicas de machine learning, e na interligação do modelo de otimização multi-objetivo e do ambiente de simulação baseado em agentes (Agent-based Model simulation)», explica a UNL. O protótipo será testado em ambiente real e em colaboração com a ANEPC, num conjunto de municípios e corporações de bombeiro piloto.
O AI-4-MUFF é liderado pela UNL, que envolve na iniciativa investigadores do Departamento de Engenharia Mecânica e Industrial (Unidemi) e do Centro de Matemática e Aplicações. O investigador responsável pelo projeto é o diretor da Unidemi, o professor António Grilo, que partilha responsabilidades com o professor João Paulo Rodrigues da Universidade de Coimbra.
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