Investigação portuguesa e supercomputação da IBM juntas para acelerar respostas à Covid-19
Um projeto português, liderado pela professora Maria João Ramos da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto é, para já, o único representante nacional na iniciativa COVID-19 High Performance Computing Consortium.
Esta iniciativa junta entidades públicas e privadas, num total de 37 membros, que se uniram para disponibilizar, sem custos, capacidade de computação a projetos de investigação em todo o mundo, empenhados em encontrar respostas para a Covid-19. O consórcio é liderado pela IBM e junta já 30 supercomputadores, que representam uma capacidade de computação de 420 petaflops.
Os fundadores do consórcio selecionaram 40 projetos, que vão poder usar a capacidade computação disponível para acelerar o ritmo da investigação, uma seleção feita com base na capacidade de impacto de cada projeto na criação de terapêuticas, de uma possível vacina ou no desenvolvimento de modelos preditivos para avaliar a progressão da doença.
O projeto português, da responsabilidade do Grupo de Bioquímica Computacional / LAQV da UP, visa a descoberta de fármacos contra a protease principal do vírus da COVID-19 e conta agora com o apoio da IBM, através da plataforma Extreme Science and Engineering Discovery Environment (XSEDE).
Em concreto, o trabalho dos investigadores procura determinar o mecanismo de ação da protease principal do vírus SARS-CoV-2 (a enzima que permite a sua sobrevivência em humanos). Pretende ainda chegar a uma lista de compostos inibidores dessa protease principal, essencial para o desenvolvimento de fármacos de tratamento.
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