Lenovo entra na corrida do PC como serviço
A Lenovo desenhou uma estratégia em várias frentes para proteger a sua predominância no mercado mundial dos computadores, com foco no segmento empresarial. Uma das novidades é que a fabricante chinesa vai passar a fornecer uma oferta de PC como Serviço (PCaaS), um lançamento inicial em 24 países com Portugal incluído.
Esta iniciativa combina hardware, software e serviços numa solução por subscrição, cujos detalhes dependem da dimensão do contrato. Estará disponível através do canal de parceiros ou diretamente na Lenovo, sendo que a duração mínima do contrato é de 12 meses e máximo 36 meses. Uma das parceiras com que a fabricante está a trabalhar é a recentemente criada DXC Technology, que surgiu da fusão entre a divisão de serviços empresariais da HPE e a CSC.
«Oferecemos serviços de subscrição escaláveis e flexibilidade de utilização», disse Diane Croessmann, responsável à frente deste programa, numa sessão do evento Lenovo Transform, em Nova Iorque. O cliente-alvo tem de ter, no mínimo, mil utilizadores na EMEA e dois mil nos Estados Unidos.
Entre os efeitos da solução de PCaaS contam-se a melhoria da experiência para o utilizador final, a redução do custo de propriedade e a flexibilidade on demand. Os cálculos da empresa é de que as despesas relacionadas com cada utilizador, incluindo help center, podem ir até 1500 dólares por ano; Croessmann indicou que as opções PCaaS que a Lenovo vai começar a oferecer podem reduzir o custo por utilizador até 30%. «Muitos clientes não sabem qual é o seu TCO de partida», disse. E onde estão estas poupanças? «Nas eficiências que se conseguem com a automatização das implementações, nos serviços», acrescentou.
O programa, segundo explicou a responsável, quer resolver o problema com que muitas empresas se deparam – múltiplos silos com vários fornecedores e um ambiente complexo. «Podemos gerir múltiplos OEM e fazer a gestão do ciclo de vida dos equipamentos», referiu. As opções permitem lidar com a sazonalidade dos negócios e acelerar a atualização dos equipamentos, sendo que a Lenovo quer sentar-se com os clientes e desenhar ofertas à medida dos seus requisitos. «Nenhum cliente é igual ao outro», disse Croessmann. «Desenhamos para a utilização, torna-se uma experiência de consultoria de um para um».
Pascal Bourguet, vice presidente da unidade de computadores pessoais e dispositivos inteligentes da Lenovo para a região EMEA, encara esta solução como um dos pilares de crescimento no futuro. Neste momento, a marca quer proteger a sua quota de mercado nos computadores ditos tradicionais, enquanto investe em áreas de rápido crescimento (PC para videojogos, portáteis ultrafinos e conversíveis) e olha para o futuro – PCaaS, realidade virtual e aumentada e portfólio Chromebooks.
Na EMEA, a empresa quer atingir uma quota de 17% no mercado das pequenas empresas este ano, o que implica crescer um ponto percentual por trimestre, e de 28% nas grandes empresas, ou 0,5 pontos percentuais por trimestre. Quanto às tendências que estão a influenciar o mercado, Bourguet mencionou a expansão do trabalho remoto, a redução dos espaços de trabalho nos escritórios, o impacto dos Millennails nas empresas e a “consumerização” das TI.
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