Machine learning e IA: as novas armas de uma SAP renovada
A SAP ganhou nome no mercado como fabricante de ERPs e na essência do grupo alemão continuará a estar o software de gestão, mas como lembrou esta quarta-feira Steve Tzikakis, presidente da SAP para o sul da EMEA, hoje a companhia quer ser mais do que isso e posiciona-se como uma «empresa de conhecimento».
Na versão portuguesa do seu evento anual dedicado à inovação, a SAP levou ao Estoril vários exemplos de como está a potenciar o uso das suas soluções, das mais tradicionais às mais modernas, com a aposta em novas tecnologias. Machine Learning e inteligência artificial (IA) foram dois dos grandes temas do dia, a espelhar duas grandes apostas da marca no desafio que todos os especialistas apontam como um dos segredos mais mal guardados para ter sucesso na transformação digital: conseguir converter a informação em vantagem competitiva. Fácil de identificar, exigente para concretizar.
Philip Carter, analista-chefe da IDC na Europa, também passou pelo Centro de Congressos do Estoril e frisou isso mesmo. Destacou outros aspetos, que considerou igualmente importantes para uma estratégia vencedora neste domínio, como a capacidade de levar projetos que antes eram ilhas nas empresas para toda a organização, criar experiências que misturem real e digital, ou ser bem-sucedido na guerra de talentos que as empresas hoje disputam.
É para se posicionar neste terreno que a SAP tem investido em força para ir além do ERP e compensa os números que não divulga nas operações locais, com informação detalhada sobre as armas que tem usado – a par das aquisições – para transformar o seu próprio negócio. Em 2016, a companhia investiu três mil milhões de euros em I&D e no final do ano tinha alocados a esta área 23 mil colaboradores, o equivalente a 28% da sua força de trabalho, distribuídos por 19 centros de desenvolvimento, 14 laboratórios de co-inovação e 12 centros de inovação.
Além do SAP S/4HANA, a nova geração da suite de soluções de negócio da marca, que soma atualmente 5.800 clientes e tira partido da plataforma de computação em tempo real SAP HANA, a fabricante deu destaque no evento a outras famílias de soluções, que refletem o trabalho dos últimos anos na expansão do portefólio. É o caso do SAP Leonardo, que integra soluções e serviços normalizadas para diversas indústrias e que junta IoT, Blackchain, Machine Learning, analítica ou Big Data, ou as soluções SAP Hybris na área do comércio eletrónico, mas o foco do evento passou por mostrar como se podem concretizar as promessas das várias tecnologias. Com esse propósito, a SAP tem construido vários casos de uso, para mostrar aplicações concretas das tecnologias que está a explorar e no Innovation Forum destacou o CoPilot, um assistente digital que será uma das estrelas do próximo Sapphire.
É a concretização, no contexto de negócio que as soluções SAP suportam, do poder dos bots e do poder da inteligência artificial, na interação homem/máquina para procurar, interpretar e apresentar informação «arrumada» nos sistemas de informação das empresas e espelha a capacidade da aprendizagem e de apurar resultados deste tipo de tecnologias, interação após interação. Carlos Diaz, vice-presidente de inovação da empresa para o sul da EMEA, frisou a combinação de recursos e tecnologias na base deste tipo de solução a antecipou a sua utilização em qualquer produto SAP ou de terceiros.
Pelo SAP Innovation Forum também passaram testemunhos de clientes e parceiros, que mostraram soluções na área de exposição e anunciaram novidades, como a ROFF, que aproveitou para lançar o GO 2 S4 HANA, um serviço que, como explicou ao Ntech.news João Nave, marketing manager da empresa, pretende ajudar as empresas no processo de migração para a nova versão do software de gestão da SAP.
Publicado em:
AtualidadePartilhe nas Redes Sociais