Malware distribuído por email cresceu 37% até abril

Nos primeiros quatro meses do ano, as ameaças de segurança que chegam por email aumentaram 37%, face ao último quadrimestre de 2021, de acordo com a ESET. Os dados do mais recente relatório de segurança da empresa mostram que as campanhas de spam de email, com documentos maliciosos da família de trojans bancários Emotet, foram o grande mote para o crescimento do nível de ameaças no período em análise.
O mês mais destacado, no que se refere a campanhas de email em grande escala com o Emotet, foi março, altura em que foram detetadas diversas variantes do DOC/TrojanDownloader.Agent, dissimulados em documentos Word anexados ao email, com uma representatividade 829% acima dos quatro meses anteriores. A tendência é global, mas também se fez sentir em Portugal, ocupando alguns lugares na lista das 10 ameaças mais representativas entre janeiro e abril.
Já depois destas campanhas, a Microsoft desativou os macros Visual Basics for Applications descarregados por predefinição nos programas Office e uma das principais vias de distribuição do Emotet, que fez estragos sobretudo no Japão, Itália e Espanha.
A ESET destaca também o crescimento de 130% a nível global, nas incidências do MSIL/TrojanDownloader.Agent, igualmente distribuído através de anexos de email, e que foi a terceira ameaça mais relevante em Portugal. «Este malware tenta descarregar outros malwares através de vários métodos, contendo normalmente um URL ou uma lista de URLs que conduzem ao “payload” final», explica a empresa.
A maior parte dos anexos maliciosos distribuídos por email entre janeiro e abril foram executáveis Windows (55%), seguidos dos ficheiros de Script (30%) e dos documentos de Office (10%).
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