Inteligência artificial é ‘oficialmente’ a grande prioridade da Microsoft
É uma mudança subtil mas que pode vir a traduzir-se em mudanças significativas nos próximos anos. A Microsoft parece ter deixado de lado a sua visão estratégica focada no mobile e agora define a inteligência artificial (AI na sigla em inglês) como a sua grande prioridade e o motor das suas apostas futuras.
No relatório relativo ao ano de 2016 que foi entregue às autoridades norte-americanas, a Microsoft ainda usou a frase que acabaria por se tornar icónica nos primeiros anos de liderança de Satya Nadella: a empresa estava a construir soluções para um «mobile-first, cloud-first world».
Já no relatório do ano 2017 esta frase nem sequer consta no documento e foi substituída por um novo mantra. «A nossa estratégia é construir as melhores plataformas e serviços de produtividade para uma cloud inteligente e periferia de rede inteligente com inteligência artificial».
É muita ‘inteligência’ numa só frase, mas na prática significa que a Microsoft quer apostar na tecnologia de computação cloud e na tecnologia de computação edge, sendo que a inteligência artificial vai ser o elemento que vai potenciar uma maior eficiência para os utilizadores e empresas.
«Acreditamos que está a surgir um novo paradigma tecnológico que se manifesta através de uma cloud inteligente e de uma periferia de rede inteligente no qual a computação é mais distribuída, a inteligência artificial impulsiona ações e conhecimento em nome do utilizador, e a experiência de utilização espalha-se por diferentes dispositivos», lê-se no documento.
Esta nova filosofia da Microsoft vai ser estruturada em torno de três grandes áreas: reinventar a produtividade e os processos de negócio; construir uma plataforma cloud inteligente; e construir uma computação mais pessoal. Curiosamente estes são os mesmos pontos de estrutura apontados no relatório de 2016, o que vem reforçar a ideia de que a grande mudança está antes na tecnologia basilar que vai movimentar estas áreas.
A título de comparação, a questão da inteligência artificial não foi referida uma única vez no relatório de 2016, o que mostra uma clara aposta da empresa neste segmento e uma grande mudança de visão em apenas um ano.
A revolução que a inteligência artificial vai proporcionar é algo que está a ser integrado nas estratégias de diferentes tecnológicas. Por exemplo, a IBM há muito que tem vindo a apostar na inteligência artificial como um dos seus novos motores do seu negócio. Recentemente também a Google confirmou que está a passar de uma estratégia mobile-first para uma estratégia AI-first.
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