Mulheres ainda mais subrepresentadas na web3 que que no resto do sector TI
Um estudo do Boston Consulting Group revela que nas empresas de Web3, as mulheres têm uma representatividade de apenas 3% nas equipas fundadoras, uma percentagem ainda menor que a verificada de modo mais geral nas empresas ligadas às STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). O estudo também contabilizou os projetos nesta área com equipas exclusivamente femininas, para apurar uma taxa de 3%.
Nas equipas das principais empresas de web3, as mulheres representam 27%, mas estão sobretudo ligadas a funções não técnicas, tais como de Recursos Humanos e de Marketing. Também aqui se revela uma discrepância entre sexos maior que no conjunto das áreas STEM, onde as mulheres representam 33% das equipas, com 25% a assumirem papéis técnicos.
As empresas Web3 consideradas na pesquisa são aquelas que se dedicam ao desenvolvimento de novas aplicações para diferentes indústrias, recorrendo a tecnologias como a blockchain e tendo em vista plataformas como o metaverso.
O estudo, realizado em parceria com a People of Crypto Lab (POC Lab), um estúdio criativo para a promoção da diversidade, equidade e inclusão no ecossistema da Web3, também mostra que os empreendedores homens neste sector conseguem levantar mais capital que as mulheres.
«As equipas fundadoras apenas de homens angariam, em média, quase quatro vezes mais do que as equipas apenas de mulheres, cerca de 30 milhões de dólares contra cerca de 8 milhões de dólares», revela-se. Entre as empresas que conseguiram captar investimentos superiores a 100 milhões de dólares, não há nenhuma equipa só de mulheres.
Os dados apurados tiveram por base a informação da Crunchbase com quase 2.800 referências.
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