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Nearshore cresce 250% na Findmore

Publicado em 2 Maio 2018 por Ntech.news - Luísa Dâmaso | 3262 Visualizações

Os clientes internacionais estão no centro da atividade de Nearshore da Findmore, que continua a ver o negócio a crescer ano após anos. De acordo com Nuno Campos, CEO da Nearshore Portugal, marca que designa a atividade da Findmore nesta área, os mercados da Europa Central são os que mais procuram os serviços da empresa portuguesa. O responsável explica que as PME e StartUps em fase de expansão que até aqui eram os clientes assíduos do nearshore, começam agora a ser seguidos pelas grandes organizações.

 

Ntech.news – Quanto representa hoje o Nearshore na vossa atividade, em termos de VN e %?

Nuno Campos – A atividade de Nearshore da Findmore, sob a marca Nearshore Portugal, representa neste momento 25% da faturação atual, mas com tendência para acentuar o peso e chegar brevemente próximo dos 50%.

Que serviços prestam e que mercados servem?  

N.C – Servimos maioritariamente os mercados da Europa Central (DACH e BENELUX), mas temos tido contactos intensos com outras geografias, como os EUA e UK. Quanto a serviços, atualmente centram-se em exclusivo no desenvolvimento de software. Não obstante, temos tido contactos no sentido de oferecer, ainda que enquadrado no desenvolvimento, serviços de UI/UX. Esta é uma vertente que pretendemos explorar, aperfeiçoar as nossas capacidades e know-how para enriquecer a nossa oferta e fazer face ao crescente interesse nesta área.

«Em 2017 a atividade de Nearshore cresceu aproximadamente 250%. Demos de facto um salto considerável e pretendemos manter este crescimento para 2018…»

Como tem evoluído o negócio e que tipo de empresas mais vos procuram?

N.C – O negócio tem evoluído em paralelo, embora de forma diferente e por tipos de empresas distintos. No caso especifico do Nearshore, trabalhamos exclusivamente com clientes Internacionais com um perfil de PME, StartUp em fase de expansão, e mais recentemente com empresas de maior dimensão.  Normalmente clientes com plataformas SaaS em que necessitam de escalar as suas equipas de desenvolvimento para fazer face ao seu crescimento e ambições de negócio. Os clientes nacionais, são geralmente clientes de grande dimensão com requisitos/necessidades equivalentes ao seu tamanho.

Para 2017 tinham perspetivas ambiciosas de crescimento da atividade de Nearshore. Materializaram-se? E para este ano, quais são os grandes objetivos?

N.C – Seguramente. Em 2017 a atividade de Nearshore cresceu aproximadamente 250%. Demos de facto um salto considerável e pretendemos manter este crescimento para 2018 alinhados numa estratégia de crescimento acelerado, não nesta escala claro, mas acreditamos que podemos duplicar a atividade de 2017 em 2018.

Quantas pessoas integram as vossas equipas de Nearshore?

N.C – Atualmente as nossas equipas de Nearshore contam com cerca de 78 efetivos.

Têm planos para criar centros de competências especializados?

N.C – A nossa aposta atual é mais centrada no foco em cliente e nas suas necessidades. Acreditamos que um cliente tem necessidades específicas que muitas vezes não se alinham com um serviço de competências especializadas. Em particular se pretendemos criar relações de longa duração temos que ter um grau de flexibilidade elevado, que permita responder a diferentes requisitos. Nesse sentido não pomos de parte criar centros de competências, mas não no imediato.

«Temos procurado estreitar relações com a comunidade académica para poder manter este canal de recrutamento aberto e mais focado nas necessidades actuais…»

Quando recrutam colaboradores para as equipas de Nearshore que competências privilegiam?

N.C – O perfil de nearshore tem de facto competências que são apreciadas em particular. Eu começaria pelo óbvio que serão as competências linguísticas. Existe uma “obrigatoriedade” no domínio elevado do Inglês, e já começamos a ter pedidos com outros idiomas (Francês e Alemão). Depois claramente uma capacidade e flexibilidade para se adaptarem a novos processos de trabalho e níveis de exigência, que são requeridos pelos nossos clientes. Isto claro, não mencionando as competências técnicas necessárias para o correto enquadramento do projeto. Finalmente, e porque no caso do Nearshore, os colaboradores trabalham em proximidade, o espírito de ajuda, colaboração entre equipas/competências é fundamental para a sua adaptação rápida e adequada ao projeto.

Identificam a falta de recursos especializados no mercado em algumas áreas?

N.C – Já se começam a sentir algumas dificuldades em determinados perfis. Trata-se de um mercado bastante dinâmico e com um crescimento muito rápido nos últimos anos, que não tem sido acompanhado pela oferta Académica, mas mesmo assim ainda se pode considerar controlado.

Que iniciativas têm levado a cabo para contornar a falta de recursos?

N.C – Temos neste momento uma Academia oficialmente certificada para providenciar formação a todos os ativos internos, mas também aberta a externos. Para além disso, temos procurado estreitar relações com a comunidade académica para poder manter este canal de recrutamento aberto e mais focado nas necessidades actuais.

Quantas pessoas pretendem contratar este ano?

N.C – Tendo em consideração a nossa actual carteira de negócio, iremos necessitar para o Nearshore em particular, de contratar adicionalmente 50 novos recursos até ao final do ano, não contando com os que já foram contratados desde janeiro.

 

 


Publicado em:

Na Primeira Pessoa

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