Nearshoring já representa 25% do negócio da Affinity

A entrar no quarto ano de atividade, a Affinity, posiciona-se para ganhar terreno no mercado internacional. Em 2015, o nearshoring já representou um quarto das receitas da empresa portuguesa, que quer atrair mais projetos internacionais para Portugal e que, além do outsourcing TI, se dedica ao desenvolvimento de soluções de mobilidade.
Por enquanto, a consultora desenvolve projetos em cerca de uma dezena de países e está à procura de novas oportunidades no norte da Europa, região onde pretende focar-se nos próximos anos, com destaque para França, Reino Unido, Benelux e Alemanha.
Carlos Correia, CEO da Affinity, revelou ao Ntech.news que a companhia conta atualmente com 160 colaboradores, mas até final do ano quer passar a contar com 200 e alcançar um volume de negócios de 6 milhões de euros. Reforçar laços com a academia e atrair novos talentos fazem parte da estratégia de crescimento da empresa que, a prazo, admite criar novas unidades de negócio.
Ntech.news – O que representa a conquista internacional da Affinity até agora?
Carlos Correia – Atualmente já apresentamos diversas conquistas internacionais, nomeadamente a presença em mais de 10 países através de projetos e ainda a conquista de vários projetos de nearshoring, os mais recentes para os Estados Unidos e Holanda.
Quanto representa a atividade internacional no VN da companhia? É tudo nearshore?
A atividade de nearshoring representou mais de 25% do revenue global da empresa em 2015.
A internacionalização ganhou corpo durante o quarto ano de atividade. Estão criadas as bases para crescer nesta área? O que inclui o plano de negócios para o novo ano em matéria de internacionalização?
A nossa estratégia passa por estarmos presentes em alguns meios de comunicação estrangeiros, e em eventos de representação, sendo que também estabelecemos uma parceria com a AICEP, que nos tem vindo a dar apoio para a internacionalização. Lançamos um novo website destinado à promoção dos nossos serviços de nearshoring. A médio prazo, iremos ter internamente equipas de gestão dedicadas ao mercado internacional. Neste momento a prospeção é desenvolvida pelos elementos mais seniores da organização.
Quais os destinos chave nesta estratégia?
Queremos apostar nos próximos anos no mercado norte europeu, em países como França, Reino Unido, Benelux e Alemanha.
Os clientes que procuram são internacionais, ou portugueses em processo de internacionalização?
A procura é proveniente de empresas internacionais, que procuram parceiros em Portugal para o desenvolvimento local dos seus projetos. Estamos com algumas propostas no Benelux para transferência dos seus projetos para Portugal.
Quais são os trunfos da Affinity no mercado internacional?
Os nossos trunfos são essencialmente o facto de sermos 160 colaboradores cujos talentos desdobram-se em inúmeras áreas tecnológicas, o que nos permite dar resposta aos mais variados projetos dos nossos clientes. Associado a isto, existe o facto de termos uma estratégia bem delineada e só damos um novo “passo”, quando sentimos que efetivamente somos capazes de cumprir com rigor e excelência os desafios que nos são apresentados.
Este aumento de expressão internacional envolve o crescimento da equipa além-fronteiras?
Sim, tem havido um reforço das equipas em Lisboa e no Porto, a fim de conseguir-se fazer frente aos pedidos além-fronteiras. A decisão de instalação de escritórios fixos nestas geografias surgirá no momento em que for alcançado o ponto de equilíbrio financeiro (break-even) local a partir de Portugal. Ou seja, muito à semelhança da estratégia de expansão no norte de Portugal.
Posso ainda acrescentar que lançámos neste mês a Affinity Business Academy, com o intuito de ser uma incubadora de talentos para reforço das equipas de gestão. O objetivo é que em Setembro/Outubro, possamos vir a contratar 6 a 8 novos managers para reforçar a nossa equipa de gestão global.
De que forma tem sido importante a colaboração com o AICEP e com a ANETIE nesta investida internacional?
Recentemente a AICEP e a ANETIE desenvolveram um «Roadshow TIC» pela Bélgica e Luxemburgo e isso permitiu-nos dar a conhecer a AFFINITY a alguns players internacionais que procuram empresas como a nossa para serem parceiros em Portugal.
E por cá, que balanço fazem do mercado?
Portugal é um país promissor para o investimento estrangeiro, apresentamos condições excelentes para receção de empresas que se queiram sediar em Portugal e estabelecer parcerias com empresas de TI’s.
Que feitos marcaram este quarto ano de atividade?
Este 4.º ano de atividade foi marcado por inúmeras conquistas, nomeadamente a nossa expansão para o Porto, onde já temos uma equipa local significativa, expandimos o nosso escritório em Lisboa (duplicámos a nossa área), reforçámos as nossas equipas de gestão, e ainda lançámos a nossa Affinity Business Academy, que vem reforçar a nossa expansão e a forte ligação que temos vindo a estabelecer com os estabelecimentos de ensino superior.
Fecham o ano com crescimento? De que ordem?
Pretendemos fechar o ano com um volume de negócio superior a 6 milhões de euros, com um número de 200 colaboradores e ainda com uma carteira de mais de 100 clientes.
Para além da internacionalização em que outras frentes estratégicas se preparam para avançar no próximo ano? Que novidades de serviços e soluções pode o mercado esperar?
Em 2017, o mercado pode esperar um serviço ao cliente cada vez mais eficiente, uma empresa sempre mais dinâmica, muito fruto de um processo de inovação contínuo, reforço do talento da equipa de gestão, bem como um investimento em tecnologias internas. A Affinity, bem como as empresas de uma forma geral, tem que acompanhar o processo de conversão para o mundo digital. Não deixaremos de ser uma empresa de pessoas, para pessoas. Mas temos que estar na linha da frente no que a tecnologia tem para oferecer. Esta área de desenvolvimento de software de gestão e de Recursos Humanos poderá dar origem no longo prazo a uma nova unidade de negócio especializada. Finalmente, posso adiantar que a empresa vai ser cada vez mais atrativa para alunos finalistas que apostem em modelos de empresas e tecnologias diferentes para a suas primeiras experiências profissionais. Até agora temos vindo a focar-nos em profissionais experientes, contudo desde 2015, o peso dos recém-formados tem vindo a aumentar de forma expressiva na empresa. É uma estratégia para manter!
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