O lado humano da criatividade está a ser integrado na tecnologia
Financiado pela União Europeia em mais de três milhões de euros, o projeto ConCreTe – Concept Creation Technology pretende criar tecnologia vanguardista de apoio às indústrias criativas. Coordenado pela Queen Mary University of London em articulaão com uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), o projeto envolve investigadores de seis países europeus e uma empresa de Software.
«Estamos a construir um sistema de grande complexidade que, entre outras fases, pretende simular os mecanismos da consciência humana com vista a ter no final uma tecnologia apta a interagir com o mundo externo», explica Amílcar Cardoso, coordenador da equipa nacional. Na prática, a tecnologia será capaz de, por exemplo, pesquisar e ler na Internet, de consultar bases de dados, de arriscar caminhos improváveis e de produzir conteúdos que nunca nos passaria pela cabeça. «É também importante que este sistema tenha sentido autocrítico», exemplifica o investigador.
Com base nos mecanismos da mente humana, o projeto, que arrancou em 2013 e já conta com dois protótipos, resultará num sistema computacional «viciado no trabalho, que gosta de explorar caminhos fora do habitual e mesmo improváveis para efetuar as suas tarefas e, no final, surpreender os humanos com ideias extraordinárias, mas exequíveis», afirma o docente do Departamento de Engenharia Informática da FCTUC.
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