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«O principal objetivo é continuar a crescer tanto em Portugal, como além-fronteiras»

João Gomes, Chief Operation Officer da Adentis Portugal

Publicado em 14 Março 2022 | 798 Visualizações

A Adentis anunciou recentemente uma reorganização das suas áreas de atividade em três eixos principais: Research & Development, Nearshore e Strategy. No último dos três eixos a empresa passa a integrar a NeXel – a unidade de Projeto Fechado da empresa, que vai centrar-se no desenvolvimento de sistemas de informação à medida para clientes e parceiros em processo de transformação digital. 

João Gomes, Chief Operation Officer da empresa em Portugal, falou com o Ntech.news para explicar o timing desta reorganização e que outras alterações pressupõe, para além da afirmação da NeXel, já que nas duas outras áreas de atividade a empresa também garantiu que ia fazer mudanças. 

A  Adentis apresentou entretanto as contas de 2021. Os resultados em Portugal superaram as expectativas, como o responsável também comenta. Os números deixam boas perspetivas para o resto do ano e já permitem fazer previsões de crescimento para 2022, nas receitas e no que se refere ao reforço da equipa. 

Ntech.news: Porque  decidiram avançar com esta reorganização das áreas de negócio neste momento?

João Gomes: Num mercado competitivo como o de Inovação e Tecnologia é preciso repensar constantemente as atualizações necessárias para a promoção de um serviço eficiente e de referência. A renovação das nossas áreas de atuação – Strategy, Research & Development e Nearshore – visa consolidar a nossa posição no mercado de serviços e reforçar o processo de transformação digital dos nossos parceiros, gerando valor acrescentado aos seus negócios.

Há uma nova aposta no desenvolvimento de soluções à medida. Que principais oportunidades identificam nesta área e que perspetivas têm para esta unidade, em termos de peso no volume de negócios?
A NeXel é a unidade de Projeto Fechado da empresa. Liderada pelo Chief Technology Officer André Gomes, tem uma equipa multidisciplinar, assente em cinco anos de experiência e foca-se no desenvolvimento de Soluções Web em Cloud, integração de sistemas, mobile e Inteligência Artificial. Vai dar uma resposta aos clientes numa ótica de projeto chave na mão. Acaba por ser uma reestruturação de uma área que já tínhamos e uma redefinição de um plano estratégico e de investimento.

Nos outros dois eixos de ação, para além da estratégia, referem que também há algumas novidades. Quais são as mais importantes, o que mudou na vossa abordagem ao mercado nessas áreas?
Conseguimos à data de hoje ter uma equipa interna com disponibilidade para uma dedicação total a projetos de R&D, bem como de outras realidades dentro desse eixo. A competitividade do mercado fez-nos ajustar a outras realidades, como a vertente de academia que nos permite um acompanhamento técnico e pessoal dos colaboradores mais juniores que integramos na realidade de Internships.

A área de Nearshore permite-nos indubitavelmente agarrar oportunidades além-fronteiras, num mercado cada vez mais global, que reconhece nos engenheiros portugueses qualidades técnicas e pessoais acima da média.

Os objetivos para 2021, de contratação de 100 novos colaboradores e crescimento de 20% das receitas, cumpriram-se?
Ficaram acima do esperado, o que comprova a competitividade da Adentis. Pretendíamos terminar 2021 com mais de 200 colaboradores e conseguimos chegar aos 241. Na faturação mais do que dobramos os objetivos: aumentamos 47% em relação ao período homólogo, para um total de 8,7 milhões de euros. Agora queremos chegar aos 9,9 milhões de receitas.

Em 2021 fizeram um investimento importante em Portugal, ao nível dos recursos humanos e com um novo escritório. Para este ano, quais são as metas em termos de crescimento da operação?
Queremos terminar o ano com 290 profissionais. Estamos convictos que iremos garantir a casa dos três dígitos na contratação de novas pessoas. Mas além da atração de novos talentos, vamos continuar a trabalhar na retenção da nossa equipa. Iremos atribuir novos benefícios, trabalhar em mais parcerias e garantir que os desafios em que atuem sejam tecnologicamente interessantes. O principal objetivo é continuar a crescer tanto em Portugal, como além-fronteiras. Neste momento já estamos presentes em diferentes mercados internacionais, embora o foco seja a Europa.


A competição crescente por recursos humanos em algumas áreas TI mais específicas já é problema? Como têm endereçado?
Como disse, o mercado em Tecnologia e Inovação é muito competitivo. A procura por quadros qualificados não para de crescer e o salário deixou de ser o único elemento valorizado pelos candidatos. Temos em vigor um regime de remote & smart working, ao disponibilizarmos uma forte flexibilidade não só sobre o local de trabalho, mas também sobre os horários. As horas não são contabilizadas porque o acompanhamento do trabalho é feito por objetivos.

Além disso, temos processos de acompanhamento e gestão de carreira definidos e recorrentes para que os nossos colaboradores consigam garantir uma rápida progressão na carreira. Estamos cada vez mais preocupados com o salário emocional dos nossos colaboradores.


Publicado em:

Na Primeira Pessoa

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