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O que mudou na forma de trabalharmos? Microsoft alinha cinco tendências

Publicado em 17 Março 2022 | 457 Visualizações

A Microsoft publicou os resultados de um estudo que identifica cinco grandes tendências no mercado de trabalho, reflexo de como dois anos da pandemia alteraram a forma como encaramos a atividade profissional e o que deve envolvê-la, com bons insights para os empregadores que ainda estão a alinhar novos modelos de trabalhos. 

«Os colaboradores têm novos padrões de trabalho». Esta é a primeira tendência identificada pela pesquisa e a propósito refere-se que nos últimos dois anos as prioridades e a visão que os colaboradores têm do mundo mudou, com temas como a saúde, família, tempo e propósito a ganharem maior importância. Isto reflete-se em novos padrões e naquilo que querem e estão dispostos a dar em em contexto profissional. 

Mais de metade dos inquiridos (53%) admitiram que existe hoje uma maior probabilidade de darem prioridade à saúde e ao bem-estar, em detrimento do trabalho, do que antes da pandemia. Quase um quinto dos inquiridos admite mesmo que deixou o emprego no ano passado e 24% fê-lo por questões de bem-estar pessoal, saúde mental, ou equilíbrio entre a vida profissional e a vida familiar.

Mudar de emprego continua, aliás, a ser uma ideia na mente de muitos profissionais para o próximo ano. Mais de metade de Millennials e Geração Z têm essa intenção. Numa perspetiva mais geral, e independente da idade, 57% dos inquiridos desejam mudar para trabalho remoto. 

“Os managers sentem-se “encurralados” entre a liderança e as expectativas dos colaboradores”. Esta é a segunda grande tendência identificada na pesquisa, onde se revela que 54% dos gestores sentem que a liderança na sua empresa está desfasada da realidade atual dos colaboradores. A maioria dos gestores, 74%, afirma mesmo que não tem a influência ou os recursos para fazer as mudanças necessárias nas suas equipas. 

A terceira tendência apurada sublinha que “os líderes precisam de fazer com que a deslocação ao escritório valha a pena”. Com a maior parte dos colaboradores a mostrarem-se pouco interessados em voltar ao escritório, a criatividade pode ser o ingrediente de maior valor na receita para o sucesso dos modelos híbridos. 

«A maior oportunidade para os líderes empresariais passa por reimaginar o papel do escritório e clarificar o “porquê”, “quando” e “com que frequência” as equipas se devem reunir presencialmente», sublinha o estudo. Os dados apurados com os inquiridos mostram que 28% das empresas não definiram regras claras sobre idas ao escritório e também revelam que 38% dos colaboradores híbridos não sabem quando trabalhar remotamente e presencialmente. 

«O trabalho flexível não tem de significar sempre online». Esta é mais uma tendência apurada. Os números recolhidos pela Microsoft na plataforma Teams ilustram bem como o trabalho saltou para trás dos ecrãs: desde fevereiro de 2020, as reuniões semanais no Teams aumentaram 153% em número e 252% em duração. Em fevereiro deste ano, o tempo de trabalho na plataforma aumentou mais de 13% (46 minutos) e o trabalho após o horário e ao fim-de-semana cresceram, respetivamente, 28% e 14%. 

Os dados mostram também, no entanto, que as pessoas estão a flexibilizar modelos de trabalho, ao seu próprio ritmo e a assumir o controlo do seu tempo. Os padrões de produtividade no Outlook revelam uma atividade mais intencional em fazer pausas, evitando a dupla marcação de reuniões e estabelecendo blocos de trabalho em concentração, conclui a Microsoft. 

A empresa remata destacando que a reconstrução do capital social num mundo híbrido precisa de um âmbito diferente. Sobre esta quinta tendência, sublinha que «num mundo de trabalho digital-first, onde 51% dos colaboradores híbridos estão a considerar uma mudança para um trabalho remoto, já não podemos contar apenas com o escritório para recuperar o capital social que perdemos». Os líderes empresariais têm de conseguir ultrapassar a barreira da distância física para responder a este desafio, recomenda-se.


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