Orchestra Networks e Datalab consolidam aliança em prol da qualidade dos dados mestre
Nunca antes se falou tanto de qualidade dos dados como nesta era tecnológica, em que o big data e o analitycs surgem na dianteira das estratégias de gestão e dos processos de decisão. Uma única verdade dentro da organização depende da consistência e do rigor dos dados que, uma vez integrados na estratégia, poderão converter-se em oportunidades não só de vendas, mas de melhoria de serviços.
A Orchestra Networks há muito que sabe disso e procurou um distribuidor português que transmitisse a sua mensagem e levasse a sua tecnologia ao mercado das médias e grandes empresas. A Datalab foi a empresa escolhida e segundo Christophe Barriolade, CEO e cofundador da Orchestra Networks, tem feito um trabalho de excelência no desenvolvimento e awareness da marca no mercado nacional. «Eles são muito experientes e conhecem o mercado nacional e foi por isso que foram escolhidos para darem a cara pela marca localmente», reconhece o responsável.
Para já Christophe Barriolade diz que é nesta parceria exclusiva que planeiam fazer crescer a penetração da sua tecnologia no mercado português, fornecendo todo o apoio necessário à equipa da Datalab a partir da base francesa da Orchestra. «Sabemos que os clientes portugueses não querem projetos de milhões de dólares, querem aproximações pragmáticas às suas necessidades», afirma o responsável. Segundo ele é a partir desta premissa que a Orchestra Networks e a Datalab sustentam os projetos nas organizações nacionais, às quais recomendam que comecem as suas abordagens de Master Data Management (MDM) por projetos simples e pequenos, evoluindo sustentadamente para os mais complexos.
MDM: A informação quando nasce é para todos
Os dados mestre (MDM) são na prática toda a informação que é transversal a todos os departamntos da empresa, como sejam, dados de clientes, fornecedores, produtos, empregados ou localizações, entre outros. Consolidar, gerir e partilhar esta informação entre as várias equipas do negócio e as aplicações pode ser um desafio para muitas organizações, mas a Orchestra e a Datalab asseguram que a solução EBX5 é uma solução holística que marcará pontos nas estratégias das empresas a este nível. Multi-dominio e com uma interface 100% baseado em browser, esta solução «melhora a experiência de utilização e colaborativa dos utilizadores de negócio, flexibilizando e agilizando os projetos», assegura Christophe Barriolade.
«Uma única fonte de verdade e de confiança.» É desta forma que o CEO da Orchestra valoriza a solução que leva ao mercado pela mão da Datalab e a caracteriza como uma ferramenta «altamente parametrizável à imagem do utilizador, que centraliza e referencia os dados de uma forma única.
A Technip, o Amadeus e a AXA foram alguma das referências que as duas empresas apresentaram no evento conjunto realizado na última semana em Lisboa e no qual convidaram um grupo de empresas presente a repensar a forma como gerem a sua informação? O convite foi aceite por mais de meia centena de gestores que durante duas horas ouviram os especialistas.
Um atraso que pode acelerar projetos
Christophe Barriolade explicou ao Ntech.news que o mercado nacional ainda está atrasado na adoção de projetos de MDM, nomeadamente em relação ao mercado francês onde a Orchestra está a desenvolver iniciativas de MDM há cerca de 15 anos. Questionado quanto às razões deste atraso, o CEO justifica-o com a provável existência de más experiências dos utilizadores portugueses com a primeira geração de ferramentas de MDM, cujos modelos eram rígidos e dificultavam a customização tornando-a dispendiosa e demorada. «Esta situação até pode ser benéfica para a evolução do mercado nacional agora, porque neste ponto a tecnologia está mais madura e o nível de confiança que se estabelece com os utilizadores é diferente», avança o responsável.
Uma confiança que pode ser a “boia” de salvação no tsunami de dados que se avista do alto do big data. Sem pretensões de ser uma plataforma de big data, Christophe Barriolade prefere dizer que têm uma plataforma de small data e que permite gerir a informação que é critica e que permitirá o devido valor do big data. «Se uma empresa tentar fazer analítica sobre big data que resida em dados mestre errados ou imprecisos, a analítica será errada», alerta o CEO.
Christophe Barriolade assume a gestão da fundação dos dados que dão sentido à análise do big data como a missão principal da EBX5, sustentando os projetos de MDM das empresas de média e grande dimensão que decidirem avançar por este caminho.
Recomendações além start small, o especialista diz que o melhor para as empresas é que sejam «pragmáticas e comecem por uma função de negócio que seja importante, procurando resolver os problemas de informação através de um projeto de MDM, e terão o proof point para avançarem para outros domínios de dados».
AXA: um projeto com know how português
O projeto de MDM da AXA é um dos que serve de bandeira à Orchestra Networks e à Datalab no mercado nacional. Desencadeado em 2015 no âmbito de um programa global de transformação de processos e sistemas na Europa e no mundo, a AXA procurou na tecnologia EBX a resposta para as múltiplas instâncias de dados que possuíam internamente, eliminando as duplicações e imprecisões em prol de uma visão única de todos os dados. Atualmente a AXA possui conta já com sete projetos de MDM, estando a desenvolver um de reference data.
A Datalab tem sido o grande pilar nacional deste projeto e com a falta de recursos formados na tecnologia Orchestra investiram na formação de uma pessoa que assegura a integração. «investimos cerca de 18 mil euros neste recurso», assume Carlos Guerreiro, COO da Datalab.
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