Portugal continua a destacar-se nos serviços públicos digitais

Portugal continua a ser um dos países europeus mais avançados no domínio dos serviços públicos eletrónicos. Segundo dados da última edição do eGovernment Benchmark. Noventa e cinco por cento dos serviços públicos em Portugal estão disponíveis online e 87% aceitam identificação eletrónica, conclui a pesquisa que acaba de ser divulgada.
«Portugal continua com uma excelente posição no eBenchmark 2022 o que reflete o investimento efetuado nos últimos anos na transição digital do sector publico», reconhece Félix Lopes, Business Development Manager para o sector público da Capgemini, que juntamente com a IDC e outros parceiros desenvolveram o estudo para a Comissão Europeia.
«No entanto, é necessário garantir o foco na evolução tecnológica do sector, assegurando que os fundos do PRR são investidos de forma concreta na transição digital e na melhoria dos serviços ao cidadão», defende o mesmo responsável.

Ainda que Portugal não saia mal na fotografia europeia, cabem a Malta, Estónia e Luxemburgo a liderança na transformação digital dos serviços públicos na Europa, incluindo na área dos serviços de saúde online.
Essa liderança é atribuída a estes países graças ao foco dos serviços online desenvolvidos no utilizador e na transparência, pelo avanço tecnológico que representam e pela abrangência transfronteiriça.
O estudo, que avaliou mais de 14.000 páginas web e concluiu que oito em cada 10 serviços públicos já se encontram disponíveis online, abrange os 27 estados-membros da UE, os restantes países da European Free Trade Association (Islândia, Noruega e Suíça) e os países candidatos a entrar na UE como a Albânia, Montenegro, Macedónia do Norte, Sérvia e Turquia.
Na fotografia geral da UE também se destaca que 87% dos sites governamentais já têm funcionalidades de resposta e 92% apresentam a informação compatível com dispositivos móveis. Dois terços dos serviços permitem a identificação online através de uma solução oficial de identificação eletrónica (eID) e 67% dos formulários já contém informação previamente preenchida.
No entanto, menos de metade dos serviços (46%) permitem uma única autenticação, o que não favorece uma adoção mais expressiva. Como sublinha o estudo, só a implementação de soluções suscetíveis de serem utilizadas em simultâneo por várias entidades e departamentos públicos terá capacidade para criar uma experiência consistente entre utilizadores e prestadores de serviços.
Na área da saúde, os progressos já feitos na digitalização dos serviços públicos ainda são incipientes. Só três países conseguiram pontuações superiores a 90% na avaliação da maturidade dos serviços de saúde online. Foram eles o Luxemburgo (97%), a Estónia (93%) e Malta (91%). Oito conseguiram menos de metade da pontuação disponível para esta análise.
O estudo conclui que a maioria dos países analisados já facilitaram o acesso à informação online na saúde (77%) mas um conjunto de processos básicos, como o agendamento de consultas, ou as consultas online, continuam incipientes.
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