Portugal sobe três lugares para 34º no ranking da competitividade digital

No último ano Portugal subiu três posições no ranking de Competitividade Digital do IMD World Competitiveness Center. Passou a assumir a 34ª posição nesta tabela, um lugar que já tinha conquistado em 2019.
Nos diferentes indicadores analisados no ranking, o melhor resultado para Portugal foi naquele que contempla o conhecimento (32º lugar) e que avalia talento, formação/educação e capacidade científica. A melhor performance do país nestas áreas vai para o talento (22º), graças sobretudo à abundância de competências tecnológicas e digitais. Na formação destaca-se também, pela positiva, o número de pessoas formadas na área das ciências (12º). Pela negativa, a formação de colaboradores nas empresas, que coloca o país na cauda da tabela (60º).
No capítulo Preparação para o Futuro, onde o país subiu da 41ª posição para a 38ª, as notícias são boas apenas parcialmente, porque na verdade têm sido mais os recuos que os progressos alcançados nos três indicadores monitorizados: Capacidade de adaptação; agilidade dos negócios; e integração de TI.
No que se refere à agilidade dos negócios, por exemplo, Portugal já conseguiu chegar à 27ª posição no ranking, em 2018. Este ano ficou em 58º, sendo um dos países analisados onde as empresas menos tiram partido de big data e analytics, ou onde os empreendedores mais têm medo de falhar.
Na integração de TI Portugal recuperou um lugar que já tinha conseguido em 2018, que melhorou no ano seguinte e que voltou a piorar um ano mais tarde. Em 2021 ascende à 30ª posição neste indicador. Já na capacidade de adaptação regista-se uma melhoria sequencial ao longo dos últimos anos, que em 2021 deixa o país na 30ª posição do ranking. Em termos gerais, neste capítulo da Preparação para o Futuro, Portugal é 38º do ranking.
No indicador Tecnologia, a posição do país não mexeu e a atrasar a evolução destacam-se aspetos como a qualidade das redes sem fios, o baixo número de utilizadores de serviços de banda larga móvel, ou o fraco nível de exportações de alta-tecnologia, critérios de análise onde o país obteve pior lugar. No investimento e no acesso a capital, Portugal está também longe das melhores posições da tabela. Já no que se refere às leis da imigração é o 3º país mais atrativo, entre os analisados no estudo.
Mais que uma evolução é uma recuperação
Nos últimos cinco anos, com exceção de 2018, Portugal vinha perdendo lugares neste ranking internacional, que é preparado com a colaboração exclusiva em Portugal da Porto Business School. No total são avaliadas pelo IMD Digital Competitiveness Ranking 64 economias em todo o mundo.

«Portugal está a recuperar o fôlego, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Para conseguirmos acompanhar o ritmo mundial, precisamos de acelerar o investimento na geração e transposição de conhecimento nas áreas digitais para as empresas e de investir claramente em novas infraestruturas e ferramentas digitais, como a big data e analytics», sublinha Rui Coutinho, Diretor Executivo de Desenvolvimento e Inovação da Porto Business School. «Do mesmo modo, precisamos de conseguir reter o nosso talento e expertise para sermos ainda mais empreendedores, ágeis e adaptativos», acrescenta o responsável.
A liderar este top estão os Estados Unidos, que ocupam a posição há cinco anos, graças à forte utilização de tecnologia em todas as áreas, o acesso fácil a financiamento (capital de risco) e a confiança das empresas nesse sistema financeiro de suporte. Segue-se Hong Kong, que se destaca pela abundância de licenciados em ciências, ou pela liderança nas exportações de alta tecnologia e ambiente de negócios.
A Suécia volta este ano à terceira posição, graças à «forte economia de conhecimento e desenvolvimento de talento do país e pela perceção empresarial global de que o país acolhe facilmente competências digitais e tecnológicas», refere a nota do estudo.
Publicado em:
AtualidadePartilhe nas Redes Sociais