Portugal lidera crescimento na adoção de soluções de pagamento móveis

Um pouco por todo o mundo os meios de pagamento eletrónico ganharam destaque durante a pandemia, por falta de alternativa. Portugal, terá sido um dos países europeus onde os serviços de pagamentos móveis para compras online mais cresceram, no ano passado. A taxa de utilização de serviços móveis de pagamento passou de 56,7% para 65,2%, contribuindo para que as transações de comércio eletrónico no país tenham crescido para os 7,4 mil milhões de euros.
Os dados constam do XI Relatório de Tendências de Meios de Pagamento da Minsait Payments e confirmam um crescimento de 20% neste indicador que, mesmo assim, não tiram Portugal do pior lugar, entre os países europeus analisados, no que se refere à frequência do ecommerce. Os dados mostram que menos de metade dos portugueses (47,6%) fazem compras online pelo menos uma vez por mês.
No que se refere aos pagamentos realizados através de dispositivos móveis, o estudo mostra ainda que Portugal é um dos poucos países com uma utilização equilibrada de todas as formas de pagamento. Ou seja, não há uma tecnologia dominante. QR estático e NFC são as opções mais populares, usadas por mais de 40% dos que fazem pagamentos por esta via. QR dinâmico e pagamento em espera são usados por quase um terço.
Portugal destacou-se, por outro lado, na pesquisa por ser o país com maior número de utilizadores de aplicações de pagamento entre particulares (59%), num crescimento de 29,7 pontos percentuais em relação a 2020. A grande maioria dos utilizadores destes meios de pagamentos estão satisfeitos com os serviços (82%) e 11,5% dizem que este tipo de aplicações já se transformou no seu método principal de pagamento.
Os dados apurados pela Minsait revelam ainda mais algumas curiosidades, como o facto de Portugal e o Reino Unidos serem os únicos países da Europa onde a utilização do dinheiro em numerário cresceu no último ano. Em Portugal esta é ainda a terceira forma de pagamento mais comum. Os portugueses estão também entre os europeus que menos utilizam o cartão de crédito para pagar compras e são mesmo os que menos o utilizam para pagar compras de valor elevado.
No último ano, os cartões de crédito deixaram de ser uma opção para 63% da população, para passarem a ser usados apenas por 54,5%. Já o cartão de débito, continua a liderar preferências, sendo usado por 98,3% da população e a sua utilização até cresceu no último ano em 18,5 pontos percentuais. Cada português tem, em média, 2,4 cartões.
O relatório da Minsait traduz a opinião de 225 executivos e 4.800 utilizadores de serviços bancários em Portugal, Espanha, Itália, Reino Unido e América Latina.
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