Portugal na rota de novos cabos submarinos internacionais
Nos próximos três anos Portugal vai receber novos cabos submarinos, que vão ajudar a reforçar a posição do país enquanto porta de entrada da Europa, para quem está do outro lado do Atlântico.
A informação foi avançada por Hugo Mendes, secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, na abertura do Encontro sobre ‘Geoestratégia do Ecossistema Digital em Sines na Transição Digital Europeia e Mundial’, em Sines.
«A seguir ao [cabo submarino] EllaLink, há mais cabos submarinos internacionais a preparar a sua instalação em Portugal, nos próximos três anos: Equiano, da Google, 2África, do Facebook e Medusa, da AFR-IX», revelou o responsável em declarações citadas pela Lusa.
No mesmo evento o responsável mostrou-se satisfeito também com os investimentos já assumidos para a instalação de Data Centers em Portugal, principalmente, o que vai dar origem àquele que é apresentado como o maior Data Center da Europa alimentado por energia renovável, que está a ser construído em Sines, conhecido como Start Campus.
O responsável garantiu que o Governo está empenhado em continuar a atrair este tipo de investimentos para Portugal e que isso passa pela capacidade de «simplificar e tornar mais transparente os licenciamentos para os cabos submarinos que cruzam a Zona Económica Exclusiva, concentrando toda a informação num único portal digital onde investidores e parceiros podem facilmente interagir com as autoridades».
Entre estes novos investimentos referidos, o novo cabo submarino do Facebook para ligação transatlântica já tinha sido anunciado e vai ser construído pela NEC. A infraestrutura vai ter por base cabos com 24 pares de fibra e repetidores desenvolvidos recentemente pela fabricante, numa combinação que pode disponibilizar uma capacidade máxima de transmissão de dados de meio petabit por segundo. A explicação foi da própria NEC, na altura do anúncio, para garantir que esta é a capacidade de transmissão «mais alta até à data, para um sistema de cabo ótico submarino com repetidores de longa distância».
Entre 2021 e 2035 estima-se que a utilização de dados internacionais através do Atlântico se multiplique por cinco. «A região está entre as geografias de maior crescimento em termos de procura de tráfego de dados, trazendo exigências cada vez maiores para reduzir o custo por bit nas redes de cabos submarinos», explicou também a NEC na nota que divulgou o novo contrato.
Publicado em:
MobilidadePartilhe nas Redes Sociais